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Como vem sendo habitual, a 56ª edição do MODTISSIMO, que decorreu a 23 e 24 de setembro no edifício da Alfândega, no Porto, foi largamente seguida pela comunicação social – a especializada, a regional e a nacional – que definitivamente destacou a resiliência, a flexibilidade da resposta à pandemia e o ressurgimento dos negócios como os três fatores de destaque do setor têxtil e do vestuário nacional.
O setor fez contas às vendas ao exterior e concluiu que, sem máscaras nem equipamentos de proteção individual, a descida das exportações em junho teria sido de 22% e não de apenas 17%”, refere a rádio Antena 1 num dos seus noticiários antes de dar voz a Mário Jorge Machado, presidente da Associação Têxtil e do Vestuário de Portugal (ATP).
Já a TSF preferiu destacar o caráter cada vez mais inovador e sustentável das novas apostas do setor, numa reportagem que fez a estação de rádio percorrer os pormenores de alguns dos exemplos concentrados no Green Circle, numa visita comandada por Manuel Serrão, CEO da Seletiva Moda, uma das entidades organizadoras do certame.
“Este ano, [o MODTISSIMO] será o único salão têxtil de toda a Península Ibérica, o que faz avolumar as expectativas de uma maior atenção dos mercados externos”, destacava o jornal Dinheiro Vivo, num quadro em que uma das prioridades é “contribuir para um aumento da retoma do negócio”.
Tal como outros órgãos de comunicação de âmbito nacional, tanto o Dinheiro Vivo como o Eco seguiram as visitas do secretário de Estado da Economia, João Correia Neves, e do seu homólogo da Internacionalização, Eurico Brilhante Dias – ambos tendo convergido, segundo ambos os jornais, na perspetiva otimista que cada um deles deixou depois da visita que efetuaram aos expositores.
Correia Neves chegou mesmo a dizer que, se se confirmarem as boas perspetivas abertas pelo MODTISSIMO, é possível que a o impacto do desemprego no setor venha a ser menos severo que aquilo para que apontam algumas previsões.
Por seu lado, o Jornal de Negócios destacava o lado internacional do MODTISSIMO, não apenas em termos do aumento da visita de estrangeiros ao recinto da feira, mas também no que tem a ver com as novas rotas da cadeia de valor – necessariamente encurtadas pela pandemia – onde o setor têxtil português exibe ‘skills’ que o colocam acima da concorrência, o que pode vir a ser fundamental para o regresso dos negócios.
Pela sua posição de liderança do desconfinamento do setor e dos seus negócios, o 56º MODTISSIMO acabou por ser ainda mais mediático do que com certeza seria se a edição fosse apenas mais uma.