08 Outubro 19
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Moda espanhola diverge da portuguesa e poupa na inovação

A indústria da moda espanhola diminui os seus gastos com inovação: os dados disponíveis, lidos pelo jornal ‘Modaes’ identificam que, em 2017 (último ano para que há indicadores), as empresas gastaram 129,2 milhões de euros naquela área, cerca de 13% menos que os 148,9 milhões aplicados em 2016.

Esta é a segunda queda consecutiva nos gastos com inovação registados pela indústria da moda, após uma queda de 18,1% em 2016 face ao ano anterior – depois de, em 2015, ter sido atingido o limite máximo de gastos, com 181,9 milhões de euros.

No entanto, e apesar da queda no investimento, o número de empresas inovadoras aumentou 22% em 2017, de 427 para 521, de acordo com os dados mais recentes Instituto Nacional de Estatística (INE) espanhol.

As estatísticas detalham o destino do investimento em inovação entre 2015 e 2017: quase metade das empresas de têxteis, moda, couro e calçado que apostaram na inovaram, fizeram-no para introduzir no mercado novos ou mais desenvolvidos produtos acabados ou novos sistemas de produção. Menos comum foi a inovações de produto e processos, a introdução de novos serviços ou a introdução de novos sistemas de logística ou métodos de distribuição.

De algum modo, o têxtil e a moda espanholas parecem seguir no sentido inverso ao que se passa em território nacional, onde a inovação – e principalmente a investigação de produto, área para onde convergem a indústria e os centros tecnológicos – continua a ser um dos focos principais dos agentes envolvidos no setor.

Mais: a preocupação da indústria nacional com a área dos serviços – que a congénere espanhola também não prioriza – tem sido um dos instrumentos que capacita a ITV nacional para conseguir uma resposta rápida às solicitações das encomendas, algo que lhe permitiu manter-se no perímetro da aposta das grandes empresas globais do retalho.

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