14 agosto 20
Empresas

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Farfetch regista um crescimento da receita de 74%

A Farfetch, grupo empresarial fundado por José Neves – que é também o seu CEO – apresentou os seus resultados referentes ao segundo trimestre do ano, tendo visto subir as receitas em 74% até 30 de junho de 2020, fixando-se nos 308 milhões de dólares. Os resultados não acompanharam este dado positivo, tendo-se mantido nos prejuízos e quase quadruplicado em relação ao mesmo período do ano passado: atingiram os 435,9 milhões de dólares.

Segundo José Neves, o grupo que tem destaque na área das vendas online de produtos de luxo, este foi um período excecional para a Farfetch, “que viu a sua plataforma digital atingir o recorde de 651 milhões de dólares”. O CEO justifica a aceleração com a mudança de paradigma no que diz respeito às compras online das marcas de luxo, que recorda ter sido a razão pela qual fundou a Farfetch. “A enorme aceleração que a indústria do luxo está a viver é exatamente o que foi a minha visão para criar a Farfetch.”

Essa visão ficou provada no período de confinamento, com o número de clientes a subir e as adesões aos sistemas de fidelização a interessarem mais quase dois milhões de utilizadores. Esse continua a ser o segredo por trás do objeto social do grupo – que continua a ter nos clientes oriundos da China uma poderosa ferramenta de alavancagem do negócio.

Desta vez, e ao contrário do que tem sucedido noutras alturas, os investidores parecem ter percebido o conceito da Farfetch e, apesar do avolumar dos prejuízos, os papéis do grupo, cotados na Bolsa de Nova Iorque, registaram em apenas algumas horas uma subida sustentável, que os levou até valores próximos dos 30 dólares por ação.

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