09 novembro 2020
INE

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Exportações têxteis voltam a cair em setembro

As exportações têxteis voltaram em setembro a terreno negativo com uma quebra homóloga de 7%, sobretudo devida ao decréscimo nas vendas de artigos de vestuário ao exterior, que recuaram 12% face ao mesmo mês do ano passado. Em termos cumulativos, de janeiro a setembro os têxteis e vestuário acumulam uma quebra de 13% em comparação com o mesmo período do ano transato.

Com um valor total de 357 milhões de euros de exportações em setembro, o recuo mais significativo vem dos artigos de vestuário, com menos 26 milhões de euros exportados que no mesmo mês do ano passado (-12%).

Os dados divulgados pela ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal com base nas estatísticas do INE, indicam ainda que as exportações de têxteis, exceto têxteis confecionados, registaram em setembro em termos homólogos uma quebra de 2,4 milhões de euros (-3,3%) e as exportações de têxteis confecionados obtiveram um acréscimo de 2,3 milhões de euros (+3,7%).

“No que respeita às matérias têxteis e têxteis confecionados há, no entanto, a destacar as exportações de alguns produtos que tiveram um bom desempenho no mês de setembro”, sublinha a nota assinada pelo presidente Mário Jorge Machado.

Uma lista onde estão “outros artefactos têxteis confeccionados”, onde se incluem as máscaras têxteis, com um acréscimo de 8,9 milhões de euros (+285%); “tecidos impregnados”, com mais 1,4 milhões de euros (+9%); “fitas de matérias têxteis”, com um acréscimo de 1,4 milhões de euros (+92%); “fios de algodão”, mais 1,2 milhões de euros (+36%);”tecidos de algodão”, mais 0,85 milhões de euros (+17%); e “redes de malhas com nós, redes confecionadas para a pesca e outras redes confeccionadas”, mais 0,7 milhões de euros (+40%).

Por destinos, setembro registou também alguns avanços, com destaque para a China (+1,67 milhões de euros / +64%), seguindo-se as exportações para a República Checa (+0,95 milhões de euros / +23%), Tunísia (+0,84 milhões de euros / +50%), Suíça (+0,8 milhões de euros / +20%) e Polónia (+0,74 milhões de euros / +26%).

Em sentido oposto, continua a ser a Espanha a registar os maiores recuos nas exportações, com uma quebra homóloga de  18,6 milhões de euros (-15%), seguindo-se a Itália, com menos 3 milhões de euros (-14%) e a Turquia, que recia 2,4 milhões de euros (-64%).

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