07 Agosto 20
Indústria

T

ATP: Têxteis registam quebras acima de 30% entre Abril e Junho

Mais de metade das empresas do sector têxtil registaram no período de abril a junho uma quebra nas encomendas acima de 30%, e grande parte do sector acredita que a retoma só será sentida em 2021. As conclusões são do mais recente inquérito lançado pela ATP, onde os empresários do sector apontam o fim do lay off simplificado e a falta de apoios como duas das preocupações mais prementes, num momento em que algumas empresas admitem vir a reduzir o emprego.

As empresas inquiridas pela Associação Têxtil e de Vestuário de Portugal na última quinzena de julho apontam para um cenário ainda muito marcado pelo impacto da pandemia. Mais de metade das empresas afirma ter registado uma quebra na atividade acima de 30%, sendo que 46% dos inquiridos acredita que este abrandamento se vai manter até ao final do ano.

As expetativas de retoma apontam ainda para uma clima de incerteza e falta de confiança, com 80% dos inquiridos a prever uma retoma para setembro inferior a 60%. Um cenário que para muitas empresas força a uma redução no emprego: metade dos inquiridos acredita que terá de reduzir o número de colaboradores e um quarto das empresas aponta mesmo para um corte na força de trabalho acima dos 10%.

O inquérito revela ainda que cerca de metade das empresas fez uso do lay off simplificado e das linha de crédito. Agora, estas soluções tornam-se em preocupações acrescidas, com as empresas a pedirem um novo mecanismo de apoio para empresas com quebras de atividade ou faturação a partir de 20% e um novo sistema de incentivos ao investimentos.

Grande parte das empresas inquiridas apela ainda a uma maior rapidez e simplificação nos mecanismos de apoio, com a aprovação mais célere das candidaturas apresentadas e com um maior volume de incentivos para áreas-chave como a modernização e a internacionalização.

Os resultados do inquérito – conduzido durante a segunda quinzena de julho – estão plasmados no mais recente comunicado da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal.

Partilhar