09 dezembro 20
Empresas

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“A economia circular vai ser uma revolução”

A crise pandémica veio acelerar tendências. Digitalização da economia, reindustrialização e sustentabilidade estão cada vez mais na ordem do dia, e o presidente da ATP não tem dúvidas de que “a economia circular vai ser uma revolução”.

Estas são algumas das conclusões da conferência “Portugal que Faz”, um encontro promovido pelo jornal Dinheiro Vivo e o Novo Banco onde todos convergiram na ideia de que esta é uma crise que não vem nos livros e pediram igualdade no acesso aos apoios do Estado.

“A melhor utilização dos impostos é a salvar empresas, porque o dinheiro que está a aplicar é dinheiro que vai receber de volta. Se não salvarmos as empresas vamos ter que salvar as pessoas, que deixarão de produzir riqueza e vão passar a receber subsídios estatais”, defendeu Mário Jorge Machado durante o debate que teve lugar na Associação Comercial de Braga.

Além do presidente da ATP, o encontro contou com a participação do CEO e do economista chefe do Novo Banco, António Ramalho e Carlos Andrade, respectivamente, do anfitrião Domingos Macedo Barbosa, do presidente da Anivec, César Araújo, e director geral da Apiccaps, João Maia.

António Ramalho notou que “o futuro começa a preparar-se quando surgem as dificuldades  e que a mobilidade do passado não será a mobilidade do futuro”, tendo o economista chefe do Novo Banco salientado que a esta crise veio acelerar tendências, apontando uma nova economia com base “nas cadeias de base mais regional e consequente reindustrialização, a digitalização, novas competências de markting digital e a sustentabilidade” como novos marcos para as indústrias têxteis e do calçado.

Nesta linha, o presidente da ATP destacou mesmo que “a economia circular vai ser uma revolução, já que deixará de haver desperdícios e tudo que envolve os têxteis terá de ser obrigatoriamente reciclado”. Neste sentido, explicou que a reciclagem será importante não só para os empresários como também para os consumidores, que podem mudar a indústria. “Sobretudo os mais jovens, que estão preocupados em saber como os produtos são feitos”, disse Mário Jorge Machado.

A finalizar, o CEO do Novo Banco, vaticinou que “no vestuário e calçado vamos passar de uma globalização planetária para uma globalização regional, os consumidores e os produtores estarão mais próximos, disse António Ramalho.

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