No olho do furacão
T52 - Abril 20

Manuel Serrão

Diretor do T
N

ão estamos a viver tempos normais e aqui no nosso T isso percebe-se logo pela capa. Ao fim de 52 edições a capa não tem a foto do entrevistado habitual da edição porque entendemos que o tema do papel principal do combate da indústria têxtil e vestuário à crise da pandemia não tem e não podia ter um rosto só, um só protagonista.

A resposta do setor já enaltecida e elogiada por cá e lá fora esteve e continua a estar a cargo de muitos empresários, colaboradores, dirigentes associativos e entidades similares, onde assume particular destaque o nosso Centro Tecnológico, o CITEVE. Para quem trabalha como eu há mais de 30 anos com esta gente de raça não é surpresa nenhuma.

Não foi por causa desta situação de emergência que a ITV portuguesa ficou a saber que reinventar-se é um verbo que conjuga como poucas outras actividades. Não é a primeira vez (e seguramente também não será a última) que as nossas empresas têxteis precisam de acudir ao país em crise e sobreviver às crises do mercado. Como também não foi por causa da Covid 19 que ficamos todos a saber que temos um setor permanentemente inovador e um Centro Tecnológico de referência internacional.

Talvez o país tenha ficado a conhecer melhor esta indústria que nunca o abandonou. Mesmo nos tempos em que o país político tentou abandoná-la.

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