07 novembro 18
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Wall Street testa capacidade de crescimento da Farfetch

A Farfetch, liderada por José Neves, vai enfrentar o primeiro grande teste do mercado desde que as suas ações foram cotadas na Bolsa de Nova Iorque: a empresa de retalho de luxo deverá continuar a registar prejuízo, mas a preocupação dos analistas tem a ver com a capacidade de manter o ritmo de crescimento – o que lhe tem atribuído um potencial de valorização de 24%.

“A empresa deverá continuar a apresentar um resultado líquido negativo, devido aos custos acima das receitas”, afirmou Diana Oliveira, analista do BiG – Banco de Investimento Global, citado pelo Jornal Económico na sua edição online.

O prejuízo é considerado normal numa fase de expansão das operações da empresa, segundo o mesmo analista, e se a Farfetch confirmar o potencial de crescimento, o seu percurso na bolsa norte-americana não deverá sofrer qualquer percalço.

No primeiro semestre do ano, a empresa registou um prejuízo de 68,4 milhões de dólares ou 1,42 dólares por ação. No total do ano passado, o prejuízo foi de 112 milhões e, em 2016, de 81 milhões. Mas, apesar do prejuízo, a faturação da Farfetch aumentou 55% no primeiro semestre de 2018, para 268 milhões de dólares, face aos 173 milhões no período homólogo.

“O mercado pretende compreender se a empresa continuará a crescer às taxas elevadas dos últimos anos”, afirmou Diana Oliveira ao Jornal Económico. “No curto prazo, a tendência de crescimento de receitas e margens operacionais será mais importante para o mercado do que a empresa atingir o breakeven“, disse, para concluir que “a principal métrica de destaque dos resultados da Farfetch será a evolução do número de consumidores, transações geradas e receitas”.

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