12 setembro 17
Messe Frankfurt

T

Vídeo matou estrelas de rádio mas feiras sobrevivem à Net

O vídeo pode ter matado as estrelas da rádio, mas a internet não está a matar as feiras – garante Cristina Terra da Motta, a representante em Portugal da Messe Frankfurt, que no ano passado bateu mais um recorde de vendas (647 milhões de euros).

“A atividade de feiras existe há séculos e, intuitivamente, compreendemos que negócios que envolvem uma considerável soma de dinheiro, dificilmente podem ter lugar sem que os parceiros se conheçam pessoalmente, sem que tenham a oportunidade de se apreciarem mutuamente, sem que se estabeleça uma base de confiança”, explica Cristina  uma entrevista publicada na edição de setembro da revista Exame.   

As feiras são a melhor plataforma para as empresas de exportação  – é o título da entrevista, onde Cristina Motta analisa os fatores de competitividade da nossa indústria que estão por de trás do atual boom de exportações:

“A indústria transformadora portuguesa é, tradicionalmente, uma indústria que produz para terceiros. Mesmo as empresas com marca própria vendem muitas vezes mais de 75% (quando não 100%) da sua produção a outras marcas ou empresas. É o chamado private label. Foi, aliás, aí que a indústria nacional ganhou, nos últimos anos, uma grande vantagem competitiva. Ao ser capaz de fornecer rapidamente, com design e qualidade, Portugal posicionou-se como um dos principais fornecedores de marcas de renome mundial”.

Tal como há 20 anos atrás, as feiras continuam a ser decisivas, em particular para as exportadoras, mas o trabalho de casa que é preciso fazer agora é muito mais extenso e completo – para além de agendarem reuniões com atuais e potenciais clientes, as empresas podem e devem investir em marketing.

“Se há 20 anos as empresas participavam numa perspetiva meramente comercial hoje sabem que é muito difícil venderem os seus produtos se não se venderem também a si próprias”, afirma Cristina Motta, na entrevista à Exame, lamentando o facto de ainda serem poucas as empresas portuguesas que se preocupam em ir mais longe e investirem na comunicação.

“Ainda não interiorizaram a necessidade de ter um orçamento de marketing que inclua, não só a participação na feira mas também a promoção da própria empresa, seja através de anúncios na imprensa internacional, seja na própria feira, através do aluguer de suportes como cartazes, escaparates ou vitrinas”; conclui a representante em Portugal da Messe Frankfurt.     

Leia o artigo na íntegra aqui.

Partilhar