06 Outubro 20
Indústria

António Moreira Gonçalves

Unifardas renova fábrica com projeto de meio milhão de euros

Para a Unifardas, a aposta no sector da saúde vai para além da Covid-19. Depois da adaptação nos primeiros meses da epidemia, a empresa de workwear da Maia tem agora em curso um projecto na ordem dos 470 mil euros, que prevê a aquisição de novas máquinas de corte, a atualização do sistema informático e um aumento de área, numa renovação que visa a separação de fluxos, garantindo o isolamento dos produtos para área da saúde.

“Já tínhamos esta ideia de nos movermos para a área da saúde, e depois depois deste arranque não valia a pena parar”, começa por explicar Rui Araújo, Chief Operating Officer da empresa da Maia, especializada na produção de vestuário de trabalho para várias áreas da economia, mas sobretudo para a indústria. Em Março, com o surgimento da pandemia, a empresa adaptou-se rapidamente à produção de vestuário hospitalar, como batas ou cógulas e cobrebotas, recorrendo aos novos materiais certificados pelo CITEVE.

Passada a correria dos primeiros meses, a empresa tem agora uma nova marca, a Unifardas Healthcare e está a expandir o seu catálogo. “Estamos a desenvolver uma colecção, em que o design está a ser definido com o apoio de profissionais de saúde. Dizem-nos onde são necessários bolsos, onde normalmente se desgasta mais, etc”, revela o responsável da empresa.

Para além disso, a própria empresa vive uma revolução. Com um projecto de 470 mil euros aprovado no âmbito da inovação produtiva Covid-19, a empresa está a alargar as instalações de 500 para 720 m2 e a renovar os equipamentos. “Vamos ter novos escritórios, um showroom, e vamos reorganizar o espaço de armazenamento. Precisamos de fazer a separação de fluxos, para ter uma área especializada para produtos hospitalares”, explica Rui Araújo. O investimento inclui ainda a aquisição de novas máquinas de corte, a atualização do sistema informático e o processo de certificação dos produtos a nível europeu.

Para a administração da empresa, este será um processo de transição. Se até agora o vestuário industrial tem sido o core bussiness da Unifardas, o futuro é projectado na área da saúde. ““Se olharmos para as macrotendências, o envelhecimento da população vai conduzir a uma investimento crescente no sector da saúde, enquanto a automação vai levar à diminuição no número de trabalhadores da indústria”, resume o COO da empresa da Maia.

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