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Construtor de consensos e especialista em arredondar esquinas, Paulo Nunes de Almeida licenciou-se em Economia na FEP, em 82. Estreou-se no associativismo como fundador da ANJE.
Diplomata, foi o grande arquitecto da consolidação associativa na ITV. Campeão da luta por claúsulas de salvaguarda que protegessem o setor da invasão de produtos chineses, evitou que a ITV naufragasse ao conseguiu ganhar tempo para ela se preparar para o novo quadro competitivo.
Foi o primeiro presidente da ATP e, a 29 de maio de 2014, tornou-se o 30ª presidente da AEP, em 165 anos da associação.
Em 2015, para um dos primeiros números, o T Jornal juntava ao seu perfil o elogio de Manuel Serrão.
“Devo dizer que durante muito tempo nunca fui capaz de associar liderança a diplomacia e tranquilidade. Entre muitas outras coisas, devo esse ensinamento ao Paulo Nunes de Almeida . Talvez porque sempre foi um homem precocemente maduro para os diversos tempos da sua vida, a verdade é que sempre soube ser a incarnação da ‘força tranquila’ de que falava François Mitterrand. Na ANJE, como na APET, na ATP como agora na AEP, nas grandes transformações que operou e nas grandes batalhas que venceu, nunca precisou de gritar, como nunca teve de se incompatibilizar com ninguém.Hoje, que tenho o prazer de o conhecer como os verdadeiros amigos se conhecem, já não sou surpreendido quando vejo a forma superior e extraordinariamente tranquila, como tem vencido todas as dificílimas provações pessoais por que tem passado.”