António Moreira Gonçalves
Uma dúzia de nacionalidades à volta da mesa no Casarão do Castelo, em Leça da Palmeira, para o jantar de imprensa internacional realizado à margem do MODtíssimo. A somar ao muito que têm visto nos corredores da Alfândega, os enviados de jornais, revistas e televisões um pouco de todo o mundo brindaram à moda sustentável Made in Portugal, à organização do evento, à beleza da cidade do Porto. Também ao belo Arroz à Pescador que foi servido, repetido, e também muito fotografado.
“O que mais me impressionou foi o espaço Green Circle. O trabalho dos designers portugueses vai de ‘A to Zed’, é impressionante”, comentou Anne Sophie Castro, jornalista francesa sediada em Barcelona e a escrever para a revista Fashion United. “É fantástica a forma como conjugam o fashion design com os materiais sustentáveis”, concorda Jens Wittwer, um dos repórteres enviados pela publicação alemã Luxiders.
O espaço Green Circle e a preocupação sustentável da moda portuguesa foram os temas claramente dominantes no jantar com imprensa internacional. Paulo Vaz, diretor-geral da ATP e Manuel Serrão, CEO da Associação Selectiva Moda, fizeram jus à tão afamada hospitalidade portuguesa e juntaram à mesa do Casarão do Castelo não só os jornalistas internacionais presentes no MODtissimo, mas também os delegados da AICEP para os vários países representados à mesa.
“É notável o dinamismo da indústria têxtil portuguesa, especialmente pela forma como se envolve com matérias-primas tão diferentes”, salienta Eleni Kampaki, pivot da televisão grega ERT3, que no primeiro dia de MODtissimo fez uma reportagem sobre a utilização de cortiça no desenvolvimento de novos tecidos. Depois de ter percorrido a feira, a jornalista não escondia a surpresa. “Não imaginava que Portugal era tão desenvolvido em termos de moda, nunca pensei que as peças de grandes marcas internacionais são de facto produzidas em Portugal”, comentou.
Ao interesse do MODtissimo soma-se a beleza da cidade. “Fiquei muito surpreendida quando percebi que a feira se realiza praticamente no centro histórico”, comentava Krisztina Fogas, a editora-chefe da revista húngara Hamu és Gyémant, que aproveitou a véspera do evento para passear na cidade e fazer o cruzeiro das pontes sobre o Douro.