26 março 19
Fios

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Trifitrofa quer duplicar até 2020 as exportações diretas

Duplicar de cinco para dez milhões de euros o valor das suas exportações directas é o objectivo que a Trifitrofa fixou para cumprir até 2020. “O mercado nacional está tomado. Agora é só manter. Para crescer tem de ser lá fora”, explica Jaime Azevedo, 44 anos, o CEO  da empresa da Trofa que se auto-intitula “o maior armazém de fios tintos do mundo”.

A Trifitrofa fechou 2018 com um volume de negócios de aproximadamente 31 milhões de euros e tem um stock de 2 500 toneladas (60% fios tintos, com uma paleta de mais de 200 cores, e 40% de mesclas) avaliado em dez milhões de euros.

“O stock service é a nossa arma mais valiosa. Fazemos cerca de 150 entregas por dia. Centenas de amostras são diariamente produzidas com fio saídos desta casa. Para fazer uma amostra é quase obrigatório recorrer a nós”, diz o CEO da Trifitrofa.

A Trifitrofa já tem mais de uma centena de clientes no estrangeiro (em paragens tão diversas como Dinamarca, Lituânia ou Alemanha), mas está apostada em aumentar o volume de exportações diretas, através do reforço e alargamento da sua rede europeia de agentes.

“O nosso negócio é um serviço e a prontidão é a nossa grande vantagem competitiva. Somos muito flexíveis e elásticos. Se uma empresa no Bangladesh precisa de repente de um saco de fio azul royal sabe que o pode encontrar na Trofa”, diz Jaime Azevedo.

As parcerias são a base do negócio da Trifitrofa. “Temos parcerias com os nossos fornecedores de fio cru, que estão no Paquistão, India ou Turquia. Em contrapartida da exclusividade para a Europa, garantimos-lhes o conforto da garantia da compra de uma determinada produção. Temos também parcerias com as tinturarias, a quem nos comprometemos a dar trabalho. Eles tratam da indústria, nós da parte comercial. Todas as transformações nos fios que vendemos são feitas em Portugal”, afirma o CEO da empresa da Trofa.

A Trifitrofa tem também uma parceria com o PEJ, fazendo as cores dos dois catálogos de tendências que aquele grupo escandinavo publica anualmente.

“Não queremos vender muito, queremos fazer negócio”, confidencia o CEO da Trifitrofa, que tem como principal preocupação adivinhar o que os clientes vão querer, antecipando as tendências do mercado.  “A procura de fios orgânicos está a crescer muito. A dos reciclados está a despontar. É o próximo passo”, conclui.   

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