08 Maio 2019
Entrevista

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Têxtil é uma grande lição sobre recuperação e reinvenção

Nos 170 anos a AEP – Associação Empresarial de Portugal, o presidente da ATP é o entrevistado da revista BOW. A par da importância do associativismo empresarial, Paulo Melo mostra que o têxtil é a demonstração provada de que a indústria dita tradicional se pode modernizar e estar na vanguarda à escala global.

A 3 de maio, a AEP comemorou 170 anos de existência e a revista BOW – Portugal Business On the Way assinalou a data na sua edição número 12, que tem por tema “O Papel do Associativismo na Internacionalização”. O presidente da é o entrevistado desta edição da revista, defendendo que “o associativismo é a primeira e melhor forma de cooperação empresarial que existe.”

O crescimento das exportações e prestígio internacional que têm sido a marca da última década na ITV nacional são o mote para Paulo Melo apontar os ensinamentos que outros sectores podem retirar do desenvolvimento do sector. “O têxtil e vestuário é a demonstração provada de que a indústria dita tradicional se pode modernizar e estar na vanguarda à escala global. É também uma grande lição sobre resiliência, capacidade de recuperação e reinvenção”, destaca o presidente da ATP.

Numa fase final de mandato, Paulo Melo foi também questionado sobre o futuro: “Estou ainda a ponderar a recandidatura, que terá de ser considerada – ou não – com o resto do corpo directivo a que presido”.

Quanto aos dias felizes que tem vivido a ITV, destaca que “o têxtil português possui hoje enorme prestígio e reputação internacional, pois é símbolo de excelência produtiva, criatividade orientada ao mercado e ao cliente, inovação tecnológica nos materiais e nos processos. O têxtil e vestuário português é hoje um case study internacional, estudado em muitas geografias e que muitos países querem imitar. O made in Portugal é hoje destacado nas etiquetas das peças como garantia de qualidade e valorizando o produto, algo que não acontecia à 10 anos atrás”.

Um caso de sucesso a que não é alheias a Selectiva Moda, que classifica como “braço armado” para as actividades e internacionalização do sector, que através do From Portugal leva todos os anos mais de 360 empresas a 85 feiras em 35 países. Isto para lá dos projectos de imagem como o Portugal Fashion, destinado a reforçar a projecção internacional do sector.

Numa edição subordinada à importância do associativismo empresarial, Paulo Melo destaca o papel das organizações empresariais. “Nos momentos difíceis do país ajudaram a repor a razão e a reorientar no bom caminho as políticas públicas, ajudando as empresas e criando condições para a criação de riqueza de forma mais eficaz e mais justa. Sem associativismo a nossa economia seria claramente pior, a nossa sociedade estaria certamente mais debilitada e nem só em termos económicos”

Em seu entender, o ssociativismo padece, no entanto, ainda de uma enorme fragmentação, do topo até à base. Uma situação que não ajuda as empresas mas é cómoda para o poder na velha asserção de dividir para reinar que o povo português bem conhece.

Como resultado de uma fusão de associações sub-sectoriais a ATP é a organização que representa toda a fileira do têxtil e vestuário, representa a esmagadora maioria das empresas do sector, incluindo as que são referência nacional e até internacional, refere ainda Paulo Melo na revista que dedicada aos 170 da AEP que aqui pode ver integra.

 

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