15 Março 2018
Indústria

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Têxteis recrutam mão de obra na Índia e no Bangladesh

As têxteis portuguesas estão a optar pela vinda de trabalhadores do Bangladesh e da Índia para suprir a falta de mão de obra especializada, designadamente de costureiras. Esta nova realidade da indústria têxtil é destacada na edição desta quinta-feira do JN, que a partir da notícia do T divulgada na véspera a confirmou junto das organizações sindicais e patronais.

A notícia do T dava conta de que “a JF Almeida está a investir 400 mil euros numa espécie de unidade hoteleira para alojar os trabalhadores estrangeiros que está a importar para fazer face à enorme carência de mão obra especializada”, especificando que “a têxtil lar de Moreira de Cónegos já empregou cerca de meia centena de ucranianos e agora está a importar mão de obra qualificada do Bangladesh, engenheiros têxteis incluídos”.

A nova tendência de importação de mão de obra da zona do Indico foi confirmada ao JN pelas organizações sindicais. O Sindicato Têxtil do Minho e Trás-os-Montes refere uma recente reunião com empresários onde estes deram conta desta opção, como alternativa à deslocalização da produção para países como a Tunísia ou Marrocos onde as empresas enfrentam problemas de produtividade porque “os trabalhadores perdem muitas horas para rezar”.

Citando o director-geral da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, Paulo Vaz, o JN refere que a mão de obra proveniente dos países do Indico “é uma via que tem ganho mais adeptos entre os empresários têxteis portugueses”. Não só porque “é abundante e qualificada” mas também porque “o salário mínimo no Bangladesh é de cerca de 145 euros e na Índia cerca de 200 euros por mês” e assim “é fácil de estimular esses trabalhadores a virem para Portugal”, já que “o salário pago aos trabalhadores estrangeiros rege-se pela mesma tabela dos portugueses”.

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