Cláudia Azevedo Lopes
A Tapa Costuras, a empresa de confecção de vestuário pertencente ao Grupo Brandbias, acaba de receber a certificação GOTS (Global Organic Textile Standard), mais um dos passos da aposta na sustentabilidade da empresa, que já em 2017 tinha conseguido obter o certificado STeP by OEKO-TEX (Produção Têxtil Sustentável). Uma mais-valia para a empresa, que prevê aumentar a sua presença em mercados que valorizam o produto ecológico e de qualidade.
“Estamos a concentrar as nossas energias em tudo o que tenha a ver com sustentabilidade. Um dos nossos grandes objectivos é angariar clientes que procurem produtos sustentáveis, como os orgânicos, o poliéster reciclado ou as fibras naturais. É esse o nosso segmento”, revela ao T Gonçalo Serra, general manager da empresa.
Dinamarca, onde já está presente mas ainda tem margem para crescer, a Suécia e a Noruega são os principais destinos na mira da Tapa Costuras, que também já se encontra presente em Espanha, França, Alemanha, Suíça e Bélgica.
A certificação GOTS, direcionada para o algodão orgânico, garante ao cliente que a peça que está a adquirir tem, no mínimo, 70% de fibras têxteis cultivadas biologicamente, ou seja, sem pesticidas, e que os químicos utilizados no tingimento são igualmente sustentáveis. Outro dos fatores a ter em conta é a redução de água e do consumo de energia aquando da produção.
A Tapa Costuras, cuja atividade incide no fabrico – modelagem, corte, confeção e embalagem – de vestuário casual e desportivo, prevê faturar cerca de 650 mil euros até ao final de 2019, um crescimento de 8% face ao ano passado e que vem no seguimento de um investimento significativa por parte da empresa na modernização do seu parque de máquinas, que teve epicentro no ano de 2018 e que implicou a substituição de 70% do equipamento da empresa.
“Sentimos que era importante fazer esta modernização da fábrica. Para além das máquinas, também apostámos na optimização dos recursos, na aplicação de modelos lean (um método de gestão que evita desperdícios, sejam eles de tempo, verba, mão de obra). Foi um ano de muita mudança”, explica Gonçalo Serra, que tem um dos seus produtos – um conjunto de running feminino composto por leggins, top e parka – como finalista do concurso iTechStyle Showcase, na categoria de Best Product.
A Tapa Costura, que emprega 20 pessoas e tem sede em Santa Maria de Avioso, na Maia, dedica-se exclusivamente ao private label e em 2018 faturou cerca de 600 mil euros, 88% feitos na exportação.