04 Dezembro 19
Bordados

António Moreira Gonçalves

Tajiservi chega aos 3 milhões e cresce na diversificação

A menos de um mês do final do ano, a Tajiservi espera fechar as contas de 2019 com um volume de negócios na ordem dos três milhões de euros. A par do crescimento, a empresa regista também um equilíbrio nas vendas, metade no tradicional negócio de venda e assistência técnica para máquinas de bordados e ou outros 50% no crescente mercado dos acessórios e consumíveis.

“Em 2007 atingimos os dois milhões de euros, mas depois sentimos anos de maior quebra e outros de grande crescimento. Em média tem havido um aumento nas vendas”, explica a CEO da Tajiservi, Júlia Petiz, que lidera os destinos da empresa desde 2003, depois de uma carreira em que passou pela banca e pela indústria de vestuário.

Apesar da sensação de uma ligeira quebra no sector, a expetativa de resultados para o fecho do ano é o aquecer de motores para 2020, um ano de grandes mudanças para a Tajiservi. Que começa já em Janeiro com a mudança de Lordelo, Guimarães, para novas e maiores instalações, em Vila das Aves, em Santo Tirso.

Especializada na venda e na assistência técnica para máquinas de bordados, a empresa conta com 20 colaboradores e tem vindo a diversificar a sua acção. Ao seu negócio original – a distribuição da Tajima, marca japonesa que inspirou o próprio nome – soma agora catálogo de diferentes tecnologias que fornece não só na indústria têxtil mas também noutros sectores, como o calçado ou os artigos publicitários.

“Somos sobretudo uma empresa de representações”, resume Júlia Petiz. A par da exclusividade nas tecnologias da Tajima, a Tajiservi comercializa também as pontes laser da italiana Seit, as máquinas de impressão da israelita Kornit Digital, os softwares da empresa canadiana Pulse Micro Systems, e as máquinas da empresa croata Azon, especialista na impressão em objectos 3D. Para além disso, tem ainda uma marca própria, a Gemfix, sob a qual produz máquinas de aplicação de pedras e transfers em vestuário.

A todo este catálogo de tecnologias, nas quais para além da venda oferece serviços de assistência e formação técnica, a Tejiservi junta uma diversificada lista de consumíveis, como lantejoulas ou tintas para impressão. Um mercado que surgiu no seguimento das máquinas, mas que este ano chega pela primeira aos 50% do negócio da empresa.

O mercado crescente dos produtos personalizados tem sido um dos grandes motores da empresa. As máquinas de pequena dimensão (como a da foto) têm registado uma procura cada vez maior, sobretudo por retrosarias ou pequenas marcas, que querem oferecer peças diferenciadas. Aquilo que tradicionalmente era reservado às grandes produções, torna-se apetecível pelos mercados de nicho. “Hoje em dia, a máquina de bordados está a ser comprada por sonhadores”, afirma a administradora da Tajiservi

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