6 junho 18
Guimarães

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Tabel investe seis milhões em instalações e maquinaria

O grupo Tabel investiu seis milhões de euros com a aquisição de novas instalações e equipamentos. Mas o salto em frente deste grupo sediado em Moreira de Cónegos passa também por um novo modelo de negócio, com coleções e design próprios, e pela internacionalização, tendo-se estreado este ano na Première Vision de Nova Iorque.

Ricardo Costa, vereador da Câmara Municipal de Guimarães, e Marta Mota Prego, responsável pelo Guimarães Marca, estiveram na Tabel (na foto), onde o administrador da empresa, Humberto Bragança, os ciceroneou numa demorada visita às grandes transformações e aos investimentos que a empresa tem em curso e serão inaugurados oficialmente depois das férias.

Fundada em Setembro de 1988 por António Humberto Bragança Salgado, a Tabel estava sediada numas instalações arrendadas no Parque Industrial do Cruzeiro, também em Moreira de Cónegos. Hoje o grupo integra três empresas – a própria Tabel, a HBS Digital Print Solutions e a Humberline (duas sediadas nestas instalações e a terceira em Guimarães) -, dispõe de 150 trabalhadores e prevê atingir este ano um volume de negócios de 10 milhões de euros, mais que triplicando o  de há três anos  – o ano passado facturou seis milhões de euros, o dobro dos três milhões de euros de 2016.

O primeiro passo foi dado há cerca de ano e meio com a aquisição das antigas instalações da Fábrica Têxtil Moreirense, que estão agora a ser totalmente renovadas, num projecto que não impede a Tabel de continuar a laborar. Ao mesmo tempo, foi construído um novo pavilhão, no qual, entre outras coisas, serão instalados os showrooms dos tecidos e malhas “estampados a metro” para vestuário e têxteis lar que este grupo produz.

Ao nível da maquinaria, o grupo de Humberto Bragança apostou na aquisição de novas máquinas de estampar convencionais, mas também de estamparia digital, de máquinas de acabamentos (vaporizadores e râmulas) e de máquinas de lavar. “Só uma das novas máquinas custou cerca de um milhão de euros”, diz Albino Moura, director comercial da Tabel.

Houve ainda uma forte aposta no controlo de qualidade, o que implicou a construção de um laboratório, onde é feita a inspecção final dos artigos que são produzidos.

Não são só os investimentos tangíveis que mostram o empenho de Humberto Bragança no crescimento económico deste grupo. A Tabel começou por trabalhar, no seu essencial, a feitio. Mas a partir do ano passado houve uma mudança de agulha, passando a desenvolver as suas próprias colecções de tecidos e malhas para vestuário e têxteis lar.  “Há cerca de um ano começamos a comprar diferentes tipos de matéria-prima e começamos a ter design próprio”, conta o director comercial. “Em janeiro estivemos pela primeira vez na Première Vision Nova Iorque, que nos  correu muito bem”, acrescenta .

“Há dois anos não se fazia nada de têxteis lar por falta de maquinaria”, recorda ainda, acrescentando que hoje os têxteis lar já representam cerca de 40% da produção da Tabel.

Também nessa altura, a Tabel trabalhava quase em exclusivo a feitio e para o mercado nacional. “Há cerca de um ano começamos a comprar diferentes tipos de matéria-prima e começamos a ter design próprio”, descreve.

É por tudo isto que o grupo adoptou um novo modelo de negócio que se divide em três áreas: o private label, a produção vertical (as próprias colecções da Tabel) e a  criação de colecções propostas pelos clientes. E é por causa destas duas últimas que a nova palavra de ordem da empresa passou a ser “internacionalização”, com apostas nos mercados norte-americano e europeu, nomeadamente França, Espanha, Holanda, Rússia e Bélgica.

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