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Foto: The Guardian
O desenho do mapa chinês numa t-shirt foi o suficiente para abrir um problema diplomático entre a multinacional GAP e o estado chinês. Em causa esteve a inclusão de Taiwan e de outros territórios reclamados por Pequim. Marca norte-americana emitiu comunicado a pedir desculpa pelo “erro” e retirou modelos das lojas.
As pretensões territoriais de Pequim, que consideram Taiwan e o Tibete do Sul como partes integrantes do território chinês, viram-se assim ignoradas pela GAP que excluiu ambas as regiões do mapa estampado na sua coleção de t-shirts.
Sucedido criou um autêntico problema diplomático entre a marca de vestuário e o governo chinês. Imagens das t-shirts foram difundidas pelo Diário do Povo, o jornal oficial do Partido Comunista Chinês e as redes sociais da GAP viram-se inundadas de criticas de internautas chineses.
A multinacional norte-americana viu-se assim obrigada a emitir um comunicado onde pede desculpa pelo sucedido, promete uma revisão mais rigorosa no futuro e anuncia a retirada das camisolas do mercado chinês.
Ao longo dos últimos meses, o governo de Pequim tem confrontado várias marcas internacionais por questões de política internacional. Também a Zara, a companhia aérea norte-americana Delta Air Lines e o grupo hoteleiro Marriott International foram criticados por não reconhecerem as pretensões territoriais do Estado Chinês e por identificarem Taiwan como uma nação independente.
As pressões exercidas pelo governo chinês, especialmente junto das companhias aéreas internacionais, para que se refiram às regiões de Taiwan e Tibete como partes integrantes do território da China, já causaram uma reação da administração Trump, que acusou Pequim de um “orwellianismo despropositado”.
Num outro caso de controlo mediático por parte do governo chinês, a Mercedes-Benz viu-se também obrigada a pedir desculpa depois de ter partilhado uma citação do Dalai Lama no seu instagram oficial.