17 julho 18
Tecidos para transportes

T

Suíços da Lantal concentram produção na Gierlings Velpor

A Gierlings Velpor vai concluir em maio próximo um investimento de 2,5 milhões de euros em equipamentos que lhe permitirá quase duplicar as vendas, que deverão atingir os 16 milhões de euros em 2020. A empresa, que emprega 130 trabalhadores, prevê fechar este ano com um volume de negócios de nove milhões de euros.

O crescimento exponencial das vendas fundamenta-se na decisão do grupo suíço Lantal (que assumiu há dois anos o controlo da Gierlings Velpor) de concentrar na fábrica de Santo Tirso toda a sua produção de tecidos para bancos de transportes públicos – autocarros, metro e comboios.

“Queremos ser lideres europeus na produção de tecidos para transportes públicos”, afirma Constantino Silva (na foto), 61 anos, dos quais os últimos 30 passados a trabalhar na Gierlings Velpor, onde foi parar a convite do seu amigo Artur Soutinho (atual CEO do grupo Moretextile) quando o grupo Amorim tomou o controlo da Fábrica de Veludos da Água Longa, no entretanto rebatizada Velpor.

Licenciado pelo ISCAP, Constantino foi bancário (uma passagem de cometa de oito meses pelo Crédito Predial Português) e auditor (seis anos na Price Waterhouse) antes de deitar âncora na Gierlings Velpor, onde se ocupou da parte administrativa e financeira até que há dez anos assumiu o leme da empresa e encetou uma mudança de rumo.

Antes de Constantino, o vestuário era o core da Gierlings Velpor, que na sequência de investimentos em teares jaquard e estamparia digital passou a diversificar a sua atividade por quatro áreas: moda, mas também têxteis técnicos, decoração e transportes públicos.

“O negócio do vestuário está cada vez mais difícil, pois está nas mãos dos grandes grupos, que esmagam as nossas margens, usando os turcos e asiáticos para definirem os preços. O nosso futuro está nos tecidos para transportes públicos”, explica o CEO da Gierlings Velpor.      

Partilhar