12 Agosto 19
Segurança

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Sri Lanka proíbe uso público de vestuário que tape o rosto

O presidente do Sri Lanka, Maithripala Sirisena, proibiu o uso de qualquer peça de roupa que tape o rosto das mulheres em público, incluindo a burca e o niqab, vestuário usado pelas mulheres muçulmanas. O país continua em alerta devido aos atendados do mês de Abril – que resultaram em mais de 250 mortos – e segundo o presidente a cara coberta é uma “ameaça nacional e pública” porque dificulta a identificação.

A medida já entrou em vigor e, ao contrário do que é costume, a reação dos responsáveis islâmicos foi a de pedirem às mulheres muçulmanas para não cobrirem o rosto com receio de reações violentas depois dos ataques reivindicados pelo Estado Islâmico apesar de seu eminente desaparecimento.

Num país de maioria budista, os muçulmanos representam no Sri Lanka cerca de 10% dos mais de 21 milhões de habitantes.

A proibição total ou parcial do uso de indumentária que impede ou restringe a identificação de quem a usa vai sendo adotada por um número crescente de famílias. Na Europa, a decisão – que na altura envolveu uma forte polémica – foi tomada em primeiro lugar em França (em abril de 2011), tendo sido replicada na Holanda, Bélgica, Dinamarca, Bulgária, Áustria, Letónia e Alemanha.

Fora da Europa, a proibição foi imposta nos Camarões, Chade, Gabão e Marrocos. Na Turquia, sucedeu movimento exatamente contrário: o governo republicano de Kemal Ataturk (falecido em 1938) desmotivou o uso da burca e do niqab, tendo mesmo proibido o seu uso nas instituições do Estado, mas em 2013 o atual presidente, Recep Erdogan, suspendeu a proibição.

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