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A Sorema a a Bovi estabeleceram uma parceria para trabalharem em conjunto o mercado dos Estados Unidos, cujo primeiro passo foi a abertura de um escritório comercial e um showroom em Atlanta, sendo que as despesas da sua manutenção (incluindo salários e despesas de dois funcionários norte-americanos) são suportados em partes iguais pela duas empresas de têxteis lar.
“As nossas ofertas não só não são concorrentes – nós fazemos banho e a Bovi cama – como até são complementares. As nossas coleções casam bem e partilhamos os mesmos valores”, afirma Ricardo Relvas, administrador da Sorema.
A parceria entre as duas empresas já proporcionou a produção de um artigo com o mesmo desenho, nas vertentes cama e banho. Numa primeira fase, Sorema e Bovi esperam que o escritório de Atlanta (a cidade foi escolhida por ser um importante centro de distribuição têxtil nos EUA) as ajude a atingir um patamar de vendas que lhes permite passar para a fase seguinte – o investimento num armazém onde possam acomodar stock e assim dar uma resposta mais rápida aos seus clientes.
A Sorema está no mercado americano com a Graccioza, a sua marca para o segmento alto do mercado, e expõe regularmente nas duas edições anuais (fevereiro e agosto) da New York Now uma coleção sempre muito orientada para o gosto local.
Cerca de 55% do volume de negócios da têxtil lar de Espinho é feito com marca própria – Graccioza e Sorema Bath Fashion (destinada à gama média do mercado) – sendo que o resto é vendido em regime de private label, o que, segundo Ricardo, “ajuda a alimentar a produção e a estruturar a empresa”.
Mais de 90% dos 10,4 milhões de euros que a Sorema facturou em 2017 (um crescimento de 4% face a 2016) são exportados, sendo que Espanha, França, Reino Unido e Estados Unidos são, com importância quase idêntica, os seus principais mercados.
Como a Europa já está demasiado madura, a estratégia da Sorema para garantir o futuro consiste em apostar no crescimento, com marca própria nos States, e a diversificação da sua geografia para mercados mais excêntricos, como o Chile, Coreia do Sul e o continente africano.
“Já há bastantes anos que a Ásia está a atravessar de uma forma consistente uma fase de crescimento trepidante. Há lá gente com muito dinheiro”, conta o administrador da têxtil lar, explicando o porquê da aposta nos mercados orientais para incrementar as vendas com a marca Graciozza.
A Sorema está a apresentar na Heimtextil a sua primeira colecção para hotelaria. “Tratou-se de um esforço de sistematização da nossa oferta apresentando um catálogo organizado para este segmento de mercado, que é importante e onde a marca Graccioza para a gama alta está a registar crescimentos interessantes, com vendas para hotéis boutique e de alto luxo”, conclui Ricardo Relvas.