06 fevereiro 20
Negócio

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Sonae vende unidade têxtil Temasa

A empresa têxtil Temasa, Têxtil do Marco, foi vendida pela Sonae – que detinha a unidade há vários anos e que está focada na produção para a Zippy, marca também integrada no grupo liderado por Cláudia Azevedo desde 1992. Criada em 1985, a Temasa é liderada agora por Andreas Falley, que comprou a empresa e é o seu único acionista.

“A Sonae Fashion confirma a concretização da alienação da sua participação na Temasa, realizada no âmbito da sua estratégia de desenvolvimento e gestão de portefólio”, disse fonte oficial da Sonae ao T Jornal, que tentou confirmar o negócio junto do gestor, mas tal não se revelou possível até ao fecho da edição desta newsletter,

A Temasa responde por uma faturação que rondou os 7,5 milhões de euros em 2018, dos quais cerca de 20% conseguidos nos mercados externos, tendo cerca de 80 colaboradores.

Inicialmente, a empresa dedicava-se em exclusivo à produção de roupa para recém nascidos, mas foi subindo na escala etária: apostou primeiramente no vestuário para jovens e acabou por abrir a produção ao vestuário de homem e mulher. A empresa chegou a lançar uma marca própria, a Kids For the World (KFW), entretanto descontinuada e desde 2018 apostou na sua presença em feiras internacionais.

A Zippy é a principal cliente da Temasa, que passou a trabalhar exclusivamente em regime de private label, quando transitou da Sonae Capital para a Sonae Sports & Fashion – a área do grupo que tem as marcas Zippy e MO.

O segmento de bebé e criança vale cerca de 75% das vendas de única fábrica têxtil do grupo Sonae, que também faz confecção de adultos (Homem e Senhora), uniformes escolares e fardamento. As fardas escolares do Colégio Efanor (também da Sonae), bem como o vestuário de trabalho dos empregados das lojas Worten, Bagga, MO e Zippy, entre outros, são produzidas pela Temasa.

A empresa desacelerou o crescimento em 2019, depois de no ano anterior ter batido recordes de crescimento. O ano que agora findou ficou marcado pela forte concorrência das fábricas da Turquia – que conseguiram ‘inundar’ o mercado com produtos a preços muito competitivos, depois de o governo ter decidido empreender uma forte desvalorização da lira.

Em termos externos, a Temasa labora para os mercados espanhol, italiano e inglês, e tem como opção estratégica investir na abertura de interesses comerciais nos mercados americanos.

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