9 Março 2018
Moda

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Sabe porque é que a Moda francesa foi jantar ao Eliseu?

O presidente françês, Emmanuel Macron, convidou os estilistas que desfilaram na Semana da Moda de Paris para um jantar inédito no Palácio do Eliseu. Foi na passada segunda-feira, juntou nomes como Jean-Paul Gaultier, Maria Grazia Chiuri, Filipe Oliveira Batista, Christian Laboutin ou Elie Sabb, e já há quem classifique o encontro como o histórico jantar da realeza da moda.

E se a questão habitual é adivinhar quem vem jantar, neste caso a adivinha será mais no sentido de saber-se porque foram jantar ao palácio presidencial? E a resposta parece bem simples.

Um estudo recente feito pelo Instituto de Moda Francês, coloca a moda à frente do sector automóvel em volumede vendas anuais, ultrapassando 150 mil milhões de euros. Ou seja, a moda é hoje a indústria mais lucrativa do país, e o presidente Macron mostra que não anda distraído.

“O meu desejo é que os designers, não importa se venham da India, do Japão, da África, dos Estados Unidos ou da China, considerem criar no nosso país, e tudo faremos para facilitar seu trabalho”, declarou Macron, que esteve acompanhado pela mulher, Brigitte, convenientemente ataviada com o um elegante conjunto da casa Louis Vuitton.

Segundo informou a agência Reuters, o gabinete presidencial francês fez também questão de afirmar o propósito de trabalhar com o sector, apoiando o seu sistema criativo, das oficinas de artesãos até grandes fornecedores das marcas internacionais. “Já estava na hora. A moda é uma especialidade francesa, assim como aviões de combate”, disse o estilista Julien Fournie.

Os desfiles da Semana de Moda de Paris são os que acolhem mais estilistas estrangeiros, com metade das marcas que participam no evento, e já distante dos13% de Milão, segundo disse Pascal Morand, director da Federação de Alta-Costura.

Marcas norte-americanas como Thom Browne, Proenza Schouler e Rodarte são algumas das que trocaram as passarelas de Nova Iorque pelas parisienses, e são muitos os designers a afirmar que a cidade oferece mais facilidades para que os clientes comprem. “Foi natural a minha decisão de desfilar aqui, porque todos os motores e agitadores da indústria estão aqui”, explicou a chinesa Anais Mak, que comanda a marca Jourdan.

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