16 Maio 2018
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ANIL pede alívio dos encargos fiscais e energéticos

José Robalo, presidente da ANIL – Associação Nacional dos Industriais de Lanifícios, considera essencial que as empresas sejam aliviadas dos “elevadíssimos” encargos fiscais e energéticos sob pena de “podermos perder muitas destas empresas, perfeitamente viáveis em condições fiscais e energéticas que vigoram em outros países da União Europeia”.

“Como é natural, a seguir a ciclos de desenvolvimento económico, irão aparecer tempos de quebra no desenvolvimento ou mesmo recessão. É pois, vital, que a indústria esteja preparada para estes tempos, que, muito provavelmente, virão”, alerta.

Por outro lado, “se em ciclos económicos positivos as empresas conseguem sobreviver com as elevadíssimas cargas fiscais, parafiscais e energéticas que o nosso país impõe, nas quebras de desenvolvimento económico, é essencial que as empresas sejam aliviadas dos encargos atrás referidos”.

Olhando para os tempos de crise que a ITV atravessou no passado, José Robalo lembra que essa crise começou na ITV porque terá sido, muito provavelmente, o primeiro sector industrial a sofrer os efeitos da globalização. “Abriram-se os mercados e não houve a capacidade de impor regras. Numa economia global têm de existir regras globais. Sem elas, o comércio global passa a ser um comércio selvagem, não havendo lugar à preservação das mais elementares regras para um comércio livre e justo”, descreve.

Assim, com a falta de regras globais, recorda: “Assistimos a uma exploração de uma mão-de-obra infantil e escrava (veja-se o caso recente da exploração dos refugiados sírios na Turquia na ITV), a contaminação ambiental nos países asiáticos cresceu exponencialmente, o roubo de propriedade intelectual continua a ser uma constante, a falta de reciprocidade no acesso a mercados ainda se verifica, a falta de controlo de substâncias proibidas na importação para a EU mantém-se, etc., etc”.

Com a falta de regras globais, “não podemos dar-nos ao luxo de dizer que a crise acabou”. “Basta um ciclo económico de recessão nas economias ocidentais para cairmos na mesma situação de crise que nos afectou. É, assim, essencial, que a Europa exija a todos os seu parceiros comerciais as mesmas regras que exige aos seus Estados-membros variadas vertentes de modo a termos um comércio e indústria mundiais mais livres e justos num caminho de uma maior sustentabilidade ambiental e social”, alerta.

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