19 fevereiro 21
Moda de luxo

T

Revista Time entrevista José Neves, CEO da Farfetch

Entrevistado pela Time, aquela que será a mais influente revista do mundo, José Neves explica como a pandemia tem feito crescer o seu o negócio, já que os mais ricos se estão a “vingar do confinamento” comprando luxo online. O fundador e CEO da Farfetch, diz que só no último semestre a empresa conquistou 900 mil novos clientes, tendo vendido mais de um milhão em jóias e centenas de milhares em sapatilhas de colecção.

Assinada pelo editor-adjunto da revista, Eben Shapiro, a entrevista da Time ao fundador da Farfetch vai também para além da estrita visão dos negócios. “Antes de lançar a Farfetch, que o tornou bilionário e um dos homens mais ricos do seu Portugal natal, Neves passou uma temporada a desenhar sapatos”, conta o jornalista que falou por vídeo com José Neves a partir da China.

Questões diversificadas como “que produto de casa está a vender melhor? Almofadas”, responde Neves, para depois perguntar se pode ser brutalmente sincero quando lhe é pedido para caracterizar o guarda-roupa dos executivos americanos. “São iguais em todo o mundo, os executivos não ligam lá grande coisa à moda. É mesmo um ambiente muito mau, e dou-lhe o meu exemplo. Sou capaz de usar uma t-shtirt preta em seis dos sete dias da semana”.

José Neves diz estar convencido de que o crescimento das compras online de bens de luxo é uma “mudança de paradigma completa” que vai durar para lá da pandemia, já que as pessoas se sentem mais confortáveis a comprar roupas caras sem ter que as experimentar. Uma postura que ganhou um grande impulso com a nova tecnologia: “os clientes da Farfetch na China podem virtualmente experimentar um par de ténis usando algoritmos de geometria 3-D sofisticados, juntamente com redes neurais que identificam a posição do sapato no espaço e a aplicam ao seus pés”, descreve a Time.

A revista nota ainda que “as perspectivas de crescimento da Farfetch também são reforçadas por uma grande parceria, anunciada no final do ano passado, com o Alibaba e o conglomerado de moda Richemont para expandir ainda mais o alcance da Farfetch. O mercado de luxo chinês deve representar metade das vendas globais de luxo até 2025, de acordo com Daniel Zhang, CEO da Alibaba”, expõe a Time.

Partilhar