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Sustentabilidade, sustentabilidade, sustentabilidade. É minimal repetitivo mas o mantra da Première Vision, que abriu hoje de manhã portas, é mesmo esse: sustentabilidade. E, como é óbvio, as 50 empresas portuguesas que estão a expor no parque de exposições de Paris Nord Villepinte estão sintonizadas com aquilo que os clientes pedem. Ns quinta feira, dia do encerramento, a nossa embaixada vai receber a visita de João Correia Nunes, secretário de Estado da Economia – uma estreia nesta feira – e de Luís Castro Henriques, presidente da AICEP.
E logo na abertura, a curiosidade e atenção de que era alvo a mostra do Forúm From Portugal (foto) – bem espelhava essa sintonia entre a procura/tendências dos consumidores e as propostas sustentáveis da nossa ITV .
“Trazemos viscoses com a garantia EcoVero, produzidas com fibras recicladas com origem na madeira”, conta Carla Pimenta, a CEO da Texser. “Uma das nossas novidades é uma mistura de poliester reciclado com cânhamo”, diz João Mendes, responsável da A. Sampaio.
Os cupros – tecidos feitos a partir de uma fibra natural derivada do algodão muito respirável e saudável -, são uma das grandes novidades que a Texser trouxe para esta sua sexta presença consecutiva na PV e terceira feira do ano, a seguir à PV Nova Iorque e à Munich Fabric Start, de onde trouxeram diferentes feedbacks.
“Nova Iorque correu muito bem. Já os alemães não os estamos a ver muito virados para o nosso tipo de produto”, explica a gestora da Texser, que emprega 65 pessoas e fechou o ano com um volume de negócios na ordem dos cinco milhões de euros, dos quais 40% correspondem a exportações diretas.
Outras novidades que se podem encontrar no stand da Texser na PV são as misturas de lyocel com linho e as lavagens fade out em linho. “O ano passado trouxemos este tipo de lavagem em vyella, uma flanela mais fina e leve”, recorda Carla, que encara 2019 como um ano muito trabalhoso, “mas é assim que é sempre e que tem de ser :-)”.
A A.Sampaio & Filhos apresenta em Paris fibras Seaqual, obtidas a partir de plástico reciclado recolhido no fundo do mar, e outros produtos reciclados, para além de uma aposta estratégica nos artigos de gama mais elevada, como algodões gazeados e mercerizados, com toque e aspeto muito refinado.
“Sentimos que há uma tendência clara das marcas mais reputadas de abandonarem o que é médio e só quererem o que é muito bom. A moda polarizou muito e nós estamos a acompanhar esse movimento”, conclui João Mendes.