24 Abril 2017
Marcas Desportivas

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Puma cresce 18% mas tem futuro incerto no grupo Kering

Apesar de continuar em fase ascendente e ter registado um crescimento de 18%, no primeiro trimestre, o futuro da Puma continua incerto no seio do grupo Kering. No fecho das contas dos primeiros três meses a performance da marca desportiva chegou aos mil milhões de facturação e as previsões até ao final do ano apontam também para um crescimento de 10%.

Mesmo assim, o grupo Kering parece apontar o foco para as suas casas de costura – Gucci, Saint Laurent, Balenciaga… –, e apresenta-se hoje no seu site apenas como “um grupo mundial de luxo”. Também no relatório de actividades do primeiro trimestre, que há dias foi apresentado, a divisão de Sport & Lidestyle aparece relegada para a parte final do documento.

Sinal dessa separação é ainda o facto de o presidente do grupo, François-Henri Pinault, ter deixado agora de fazer parte do conselho de administração da Puma, especulando-se que este é mais um sintoma que reforça os rumores que nos últimos tempos apontam para a saída da marca desportiva do portefólio do grupo Kering.

A aquisição da Puma, em 2007, foi uma das primeiras decisões da administração de Pinault quando ascendeu à direcção do grupo crido pelo pai, mas a recente assembleia geral com a redução da administração de nove para seis elementos e o seu abandono da administração da empresa, parecem dar força à ideia de afastamento.

“Seis membros são suficientes para uma direcção flexível e efectiva da empresa e para evitar um inútil e laborioso processo de tomada de decisão. Os seis últimos anos mostraram que um conselho de administração mais restrito corresponde mais ao tamanho da empresa”, explicou Jean-François Palus, presidente do conselho de administração da Puma.

A questão da venda da Puma pelo grupo Kering tem sido levantada nos últimos tempos com regularidade pela imprensa e pelos analistas financeiros, rumores que levaram o CEO da Kering a afirmar que não havia “a intenção de vender a Puma no curto prazo”. Foi em Junho, no Financial Times, e muita água correu entretanto por baixo das pontes.

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