13 Outubro 2017
Citeve

Raposo Antunes

9,2 milhões para novas soluções de I&D para o têxtil

São 9,2 milhões de euros de investimento. Duzentas e trinta e sete pessoas envolvidas. Trinta e dois novos postos de trabalho. Vinte oito empresas. Quinze entidades do sistema científico e tecnológico. 430 mil horas de trabalho. E a expectativa de aumentar em mais 100 milhões de euros as exportações das empresas envolvidas. Nada melhor do que os números para resumir o gigantesco fôlego das 17 “novas soluções” nas áreas da I&D que começaram a ser desenvolvidas a partir de 1 de Julho pelo TexBoost – projeto mobilizador da ITV e deverão estar concluídas três anos depois no âmbito dos projectos mobilizadores previstos no Compete 2020.

Investigação e desenvolvimento (I&D) são as palavras-chave deste processo que se iniciou com um woorkshop no Citeve, para o qual foram convidadas todas as empresas e entidades relevantes para a ITV.

Dessa discussão alargada, as empresas lançaram ideias, surgindo então cinco áreas consideradas incontornáveis para abraçar projectos mobilizadores – a indústria 4.0; os novos materiais e a utilização das fibras naturais; novas estruturas técnicas inteligentes; têxteis electrónicos; e sustentabilidade e economia circular.

José Morgado, director de Engenharia do Produto, do Citeve, foi designado como o pivot destes projectos mobilizadores do Cluster Têxtil. “A partir dessas cinco áreas, 43 entidades (28 empresas e 15 instituições de investigação) sediadas nas regiões Norte e Centro do país estão a desenvolver 17 novas soluções”, explica.

Além das empresas têxteis há outros sectores envolvidos como o dos couros, o da cortiça, o dos moldes e o das tecnologias de informação e comunicação.

“O promotor de todo o projecto é a Riopele que delegou no Citeve a gestão do mesmo”, acrescenta José Morgado. Estão também envolvidas mais 27 empresas conforme se vê no quadro, que pode consultar aqui.

As 17 “novas soluções” que começaram a ser desenvolvidas são apenas do conhecimento das respectivas empresas que participam em cada uma e com o compromisso de confidencialidade em relação às restantes.

José Morgado estima que destas 17 “novas soluções” resultem 12 patentes e 16 teses de mestrado e doutoramento. Estima também que estarão envolvidas 237 pessoas, que serão criados 32 novos postos de trabalho e que quando essas novas soluções chegarem ao fim (o prazo é 30 de Junho de 2020) terão sido cumpridas 430 mil horas de trabalho na totalidade.

Quanto ao impacto no sector têxtil, nestas 28 empresas envolvidas estima-se que o volume de negócios aumente mais de 20% ao nível interno e 28% em termos de exportação. Traduzido em euros, significa para esses parceiros, que têm actualmente exportações de 340 milhões de euros nestas cinco áreas (agora definidas por este projecto mobilizador do Cluster Têxtil), um crescimento para 440 milhões de euros, ou seja mais 100 milhões.

“Todos os meses haverá reuniões com os diferentes parceiros das 17 ‘novas soluções’. E no final de Dezembro deste ano, será feito o primeiro ponto de situação dos desenvolvimentos de cada uma daquelas 17 ‘novas soluções’”, descreve o pivot do Projecto Mobilizador.

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