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Chamava-se Penneys e tinha uma pequena rede de lojas no país de origem, a Irlanda. 50 anos depois, fatura 8,3 mil milhões de euros (no final de 2018), tem centenas de lojas espalhadas por todos os continentes, aposta em novos segmentos e é o sétimo maior operador do mundo. E chama-se Primark.
O grande salto deu-se, apesar de tudo, não de forma regular, mas abrupta: há dez anos atrás –exatamente quando chegou a Portugal (em maio de 2009), a Primark, propriedade do grupo AB Foods, faturava 2,3 mil milhões de euros e os lucros estavam situados nos 200 milhões de euros, sendo atualmente de mais de 940 milhões.
O crescimento do grupo tem sido impulsionado pela expansão das lojas e pelo desenvolvimento internacional: em 2008, a Primark tinha 181 lojas em três países. Dez anos depois, possui 360 estabelecimentos em onze mercados, aos quais acaba de adicionar mais um, a Eslovénia.
A empresa, que continua a operar sob a marca Penneys no mercado local, abriu a sua primeira loja no exterior no Reino Unido em 1973, altura em que se viu obrigada a escolher um nome diferente, uma vez que o grupo JC Penney (cadeia de retalho norte-americana) já havia registado essa designação para toda a Europa (exceto a Irlanda).
Muitos anos mais tarde, em 2006, a Primark iniciou o seu processo de saída das ilhas britânicas, tendo escolhido o mercado espanhol para testar a sua capacidade de consolidação fora da sua ‘zona de conforto’. Seguiu-se depois a Holanda, Portugal, Alemanha, Áustria, França, Itália e, este ano, a Eslovénia. A Polónia e a República Checa são os dois próximos países na mira da Primark.
O ano de 2015 foi também relevante: a Primark decidiu dar o gigantesco passo para o mercado dos Estados Unidos – mas teve de alterar a sua proposta de valor: ao invés das lojas enormes que montou na Europa, a empresa irlandesa optou por lojas bem mais pequenas, instaladas em centros comerciais.
No início deste ano, a empresa empreendeu mais uma ‘revolução’: inaugurou a sua maior loja de sempre em Birmingham. São quase 15 mil metros quadrados e cinco andares, que incluem uma cafetaria, restaurantes e serviços de manicure. Este parece ser o ‘figurino’ da sua nova estratégia: diversificar, quase como se montasse um pequeno centro comercial dentro das suas lojas gigantes.
Em Portugal, a novidade é a nova loja que a marca vai inaugurar dentro em breve na zona de expansão do Norte Shopping, e que promete ser uma âncora do local, segundo afirmam os responsáveis do complexo, o grupo Sonae.