15 setembro 17
Absentismo

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Foto: Move

Presidente do calçado queixa-se que as mulheres faltam muito

O absentismo nos homens é quase zero, mas é muito grande nas mulheres, queixa-se Luís Onofre, presidente da APICCAPS, em entrevista ao Dinheiro Vivo, onde diz que a falta de mão-de-obra é “o principal problema” do sector, além do “factor produtividade”.

“As pessoas que temos são poucas o que nos obriga a recorrer a horas extraordinárias, e temos até tentado sensibilizar o Governo para que as horas sejam um prémio para os funcionários e não taxadas de forma injusta que são”, defende o empresário, que assumiu o cargo de líder da associação da fileira do calçado há cerca de quatro meses.

Luís Onofre garante que na indústria do calçado estão “todos de acordo” sobre esta mudança de tratamento fiscal das horas extraordinárias, “mesmo a nível sindical”.

O líder da APICCAPS alerta que, “se as horas continuarem a ser taxadas desta forma injusta, os funcionários não as querem fazer, e eu tenho de os compreender. Espero que haja uma sensibilização nesse sentido, é algo em que o Governo devia pensar”, diz, instando o Executivo a criar “uma benesse fiscal para as horas extraordinárias”. “Todos íamos ganhar com isso, incluindo a economia portuguesa”, justifica.

“Devíamos trabalhar melhor e, em último recurso, devíamos trabalhar mais. A culpa da falta de produtividade não é só dos trabalhadores, passa também pela organização dos próprios empresários. Por mim falo, que também tenho alguns défices nesse aspecto”, reconhece Onofre  que se queixa do “enorme” absentismo que existe no sector do calçado: “Imprevistos acontecem, é certo, mas o absentismo nos homens é quase zero e muito grande nas mulheres.”

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