04 Dezembro 19
XXI Fórum Têxtil

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Presidente da ATP reclama apoio para as reformas no setor

Reformas no sistema de ensino, na política fiscal, no custo da energia e na lei laboral. O presidente da ATP abriu o XXI Fórum Têxtil com um discurso de Estado do Sector sobretudo dirigido ao governo. “O têxtil deve ser apoiado e acarinhado”, afirmou Mário Jorge Machado, focado na presença do número dois do governo, o ministro Pedro Siza Vieira.

Definindo a actualidade como um momento de transição, Mário Jorge Machado relembrou os últimos 10 anos – “Estamos num longo e continuado ciclo de crescimento” – em que a indústria do têxtil e vestuário registou números recorde, quer no volume de negócios, mas sobretudo na capacidade exportadora. Em 2018, a ITV atingiu um recorde de 5.314 milhões de euros em exportações, com a balança comercial a registar uma taxa de cobertura de 123%.

No entanto, 2019 fica marcado por um abrandamento no crescimento e no optimismo dos vários players no mercado. “A incerteza é a única coisa certa e temos de estar preparados para todos os cenários. O que estamos a enfrentar não é apenas conjuntural, é algo mais profundo, o contexto é cada vez mais desafiante”, alertou Mário Jorge Machado, perante uma audiência composta sobretudo por empresários do sector.

Mas para que o caminho continue a ser protagonizado pelas empresas, o presidente da ATP deu voz a um conjunto de reformas extra-sectoriais que a indústria têxtil reclama para manter e elevar a competitividade em termos globais. “O acesso ao dinheiro continua difícil, os custos da energia e ambientais são um fator essencialmente negativo, estamos no início de uma nova legislatura e impõem-se reformas indispensáveis”, alertou o dirigente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal.

Um ensino mais especializado e orientado para as necessidades das empresas, uma política fiscal que promova a competitividade além-fronteiras, uma justiça mais célere e uma lei laboral mais flexível e compreensiva das necessidades empresariais, foram alguns dos pontos referidos no discurso de Mário Jorge Machado, que pode aqui ser lido na íntegra.

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