13 Setembro 2017
Comércio

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Portugueses estão a voltar às lojas de vestuário

É ainda um pequeno passo, mas os dados do comércio do primeiro semestre indicam que as lojas de vestuário voltam a atrair os consumidores portugueses. Comparados com o ano passado, os números divulgados pela APED – Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição, indicam que as lojas de rua aumentaram em 1,7% a sua quota de mercado, ao mesmo tempo que tanto as grandes cadeias de retalho (-0,6%) com os supermercados (-1,1%) perdiam terreno.

Os números são ainda mais interessantes quando analisados na perspectiva do volume de vendas, que cresceu 9,1% para as lojas tradicionais, face aos 1,1% das grandes cadeias como Zara, H&M ou Mango, e o recuo de 6,8% nas vendas de têxteis nos supermercados. O comércio de vestuário de rua registou entre Janeiro e Junho vendas de 242 milhões de euros, face aos 572 milhões das gigantes do têxtil e os 100 milhões das cadeias de distribuição alimentar.

Para a APED, estes dados demonstram que o mercado está a assistir a uma alteração do comportamento dos consumidores, com o regresso às lojas de roupa de rua e o crescimento das vendas, o que, no entanto, não dissocia do aumento do turismo que o país está a registar.

Apesar inversão de tendência, as grandes cadeias do continuam, no entanto, a dominar, com uma quota de 62,6%, enquanto as chamadas lojas de rua avançaram nesta primeira metade do ano para os 26,5% do mercado da venda de vestuário. Os restantes 10,9% pertencem às cadeias de distribuição alimentar, como Continente, Pingo Doce e Lidl, que também perderam quota quando comparados com o mesmo período do ano passado.

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