10 Janeiro 2018
Feiras

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Portugal na Heimtextil é um farol de inovação

Almofadas da Têxteis Penedo fabricadas com fio de cortiça. Toalhas da Lasa com vitamina E e propriedades anti-envelhecimento que aguentam pelo menos 100 lavagens. Um manta de praia da MoreTextile a que a areia não adere e de formato XXXL, que acomoda, nas calmas, três ou quatro pessoas  – por isso foi muito convenientemente baptizada Family & Friends – e é comercializada dentro de um saco bem atractivo. Uma toalha da BomDia que até parece um truque de magia porque dá luz. Uma toalha da Villafelpos de alta absorção (a Airdrop). Esta é apenas uma mão cheia de exemplos das muitas novidades que as empresas portuguesas estão a expor na Heimtextil e que fazem do nosso país um farol no capitulo da inovação.

Olhando para os números, as 83 empresas portuguesas (um número recorde pós-crise) presentes na maior feira de têxtil lar do mundo podem parecer uma gota de água no meio de um total de 2 975 expositores de 64 diferentes países que ocupam os 11 pavilhões da Messe Frankfurt.

Mas o impacto da nossa presença sobe substancialmente quando sabemos que apesar de sermos um pequeno país – com apenas 10 milhões de habitantes e plantado na ponta mais ocidental da Europa -, o nosso contingente de 83 empresas garante-nos um honroso lugar no top ten das nações com mais expositores, uma oitava posição num ranking naturalmente liderado pela China (519 expositores) seguida por outra gigante – a India (395) – sendo o pódio completado pelas equipa da casa, a Alemanha (315).

Mas num ranking mais importante não mensurável em números, mas que incluísse no seu cabaz coisas intangíveis como inovação, qualidade, capacidade industrial, design e serviço, muito pouca gente terá dúvidas de que os têxteis lar portugueses são os campeões.

“É a melhor têxtil lar do mundo”, garante um cliente finlandês, no meio de uma reunião de trabalho no stand da Domingos Sousa, antes de completar esta declaração definitiva com um elogio gracioso – “Se não fosse casado na Finlândia casava-me em Portugal”, disse ao mesmo tempo que fazia uma vénia em direcção à sua interlocutora, Fátima Sousa.

“Em 2017, estive pelo menos dez vezes em Portugal. Vou ao vosso país, em negócios,  de seis em seis semanas”, confiou ao ministro Caldeira Cabral um norte-americano (na foto) que estava no stand da INUP.  “É o nosso melhor cliente. Comprando produtos não só para o Estados Unidos mas também para o Canadá e Austrália. Os EUA são o mercado onde crescemos mais no ano passado”, confidenciou-nos um porta voz da empresa.

Os elogios não vêm só de fora. À entrada do imponente stand da Sorema, Pedro Macedo Leão, delgeado do AICEP em Berlim, segredou a Luís Castro Henriques, o seu novo presidente: “Esta empresa que agora vamos visitar fabrica os melhores tapetes do mundo”. Mais nada!

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