04 Julho 2018
Digital

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Perceber o consumidor de amanhã é fundamental

Mais que o futuro, o digital já é uma realidade quotidiana e a exigir modelos de negócio diferenciados que tenham em conta as novas tecnologias e a principais preocupações das sociedades. Ou seja, é fundamental conhecer o consumidor do futuro.

Está será, resumidamente, a principal conclusão do debate sobre como a economia digital pode criar valor para a ITV, que foi lançado no XX Fórum a um painel de convidados que incluía responsáveis por marcas e fabricantes, escolas de negócios e especialistas em marketing digital.

A questão do velho e novo, da ruptura ou continuidade parece estar sempre subjacente quando a digitalização é o tema. “Às vezes até parece que há um muro, um mundo que separa o online do offline, e isso é um tremendo erro”, garantiu o especialista em marketing digital Nuno Fazão. “O consumidor digital é o mesmo que vai à loja. Tudo depende às vezes da hora ou do preço, são pequenas coisas ou contingências que ditam a opção”, reforçou

“O mercado está a evoluir de uma forma tremenda e em Portugal ainda temos muito para andar”, disse por sua vez Miguel Tolentino, responsável da Berg Outdor, à questão sobre qual o estado da arte lançada pelo moderador, o jornalista Nicolau Santos. No entanto, avançou Tolentino, há também casos de enorme sucesso, mesmo que pouco conhecido do grande público, citando “o caso da Prozis Gear que conquista clientes e cresce na comercializaçºao a um ritmo incrível”.

O importante é mesmo conhecer o consumidor de amanhã, ter modelos de negócio diferenciados que tenham em conta os valores do consumidor e as novas tecnologias, explicou Ana Roncha, do London College of Fasion. Em termo muito prático, o novo paradigma foi rapidamente exposto por Miguel Pedrosa Rodrigues, que trabalha fundamentalmente em private label na Pedrosa & Rodrigues. “É tudo uma questão dos valores com que trabalhado. Enquanto até agora projectamos com base nos dados e valores do passado, temos que começar a decidir olhando antes para a frente, para o futuro consumidor”. Ora, são precisamente esse dados que o digital nos proporciona. “Os famosos algoritmos que fazem com que saiba antecipadamente as pessoas ou empresas a quem me vou dirigir. Já sei quem é o meu alvo”, evidenciou Adolfo Gonzalez, da AESE Business School.

Mas há coisa que mudam também do ponto de vista social e a questão da sustentabilidade está inscrita no ADN desse novo consumidor. “Temos cliente que jã não querem produtos a China, precisamente devido à pegada ecológica”, exemplificou Miguel Tolentino.

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