14 dezembro 20
Ambiente

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Pegada ecológica da moda tem de diminuir

A indústria da moda liberta 4% do total mundial de gases com efeito estufa na atmosfera, (2.106 milhões de toneladas em 2018), sendo que 70% destas emissões correspondem à produção têxtil, com os restantes 30% a serem da responsabilidade do transporte, distribuição e uso final das peças de vestuário.

De acordo com o relatório ‘Fashion on Climate’, elaborado pela consultora Mckinsey, na cadeia de valor, 38% das emissões da indústria da moda correspondem à produção de materiais, 8% à preparação de fios, 6% à preparação de tecidos, 15% ao processo de secagem e 4% ao processos de corte.

Do total de gases com efeito estufa que a moda emite na atmosfera, 20% é proveniente do consumo, 3% correspondem ao transporte de mercadorias , 3% às atividades de marketing e outros e 3% à vida final da roupa.

O estudo afirma que, se não forem tomadas mais medidas de contenção, as emissões de gases com efeito estufa da indústria da moda podem chegar a 2.104 milhões de toneladas em 2030, o dobro do máximo estabelecido no Acordo de Paris. Se o setor continuar com as medidas que vem implementando nos últimos anos, a diferença não será substancial.

A McKinsey propõe três linhas de ação para levar a moda a regressar a padrões menos poluidores: reduzir as emissões na área de produção, nas operações das marcas e o estímulo aos consumidores a promoverem mudanças no seu modo de comprar moda.

A redução terá de ser feita por meio da produção de material descarbonizado, com melhorias na produção de poliéster, a diminuição do uso de fertilizantes e inseticidas na cultura do algodão e o uso de energias renováveis nas etapas de produção.

Neste cenário, a cadeia de valor da moda poderia emitir apenas mil milhões de toneladas de gases com efeito estufa na atmosfera.

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