04 fevereiro 19
Ambiente

T

Parlamento britânico diz que fast fashion é insustentável

A Comissão de Auditoria Ambiental da Câmara dos Comuns britânica fechou a sua investigação sobre o impacto ambiental da moda e concluiu que a fast fashion é “uma exploração” e é “insustentável”. A investigação incidiu sobre os 16 maiores retalhistas britânicos, com um volume de negócios combinado 42 mil milhões de euros e coloca em causa o modelo de negócios, que incentiva o consumo excessivo, gera excesso de resíduos e promove os baixos salários.

“O atual modelo de exploração e a acumulação de danos ambientais da moda deve mudar”, diz o documento.

No relatório final, o grupo parlamentar indica que apenas um terço das marcas investigadas iniciou alguma ação para melhorar as condições salariais dos trabalhadores. O documento acusa empresas como a JD Sports, Sports Direct, TK Maxx, Boohoo e Missguided, como os menos comprometidos em alterar as fracas condições de trabalho.

Do outro lado, salientando os esforços feitos no sentido das preocupações humanas e ambientais, estão empresas como a Asos, Marks & Spencer, Tesco, Primark e Burberry. O relatório salienta que a marca de luxo Kurt Geiger nem sequer se deu ao trabalho de responder.

Em junho passado, o Parlamento britânico criou a comissão para analisar o impacto da indústria da moda, colocando em questão a viabilidade social e ambiental do sistema fast fashion. A câmara deu esse passo depois de ser divulgado um relatório que revelou a cada ano são atirados para os aterros cerca de 300 mil toneladas de roupas, o equivalente a um caminhão de lixo cheio de roupas por segundo.

Partilhar