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Novos produtos, novos clientes, novos mercados são os mandamentos da nova rota traçada pela Traços Singelos, uma têxtil lar especializada em roupa de cama e acolchoados que fixou como objetivo fazer este ano meio milhão de euros na exportação, depois de nos seus primeiros sete anos de vida ter vivido no seu essencial à custa do mercado interno e da grande distribuição.
Olha-se para a carteira de clientes da Traços Singelos e encontra-se lá os nomes das grandes cadeias de hipermercados: Continente, Auchan e Pingo Doce (em Portugal), mas também já algumas lanças em África – o Carrefour (Marrocos) e o Candando Angola .- mas também em Espanha.
“Fornecemos uma gama média, não é o primeiro preço”, esclarece Fátima Silva, que em 2011 criou esta empresa, após um largo percurso nos têxteis lar, com passagens pela Coelima e Têxteis Penedo.
Como a grande distribuição garante grande volumes mas as margens são muito apertados, Fátima achou chega a hora de diversificar e imprimir um novo fôlego a uma empresa que fechou o ano passado com um volume de negócios de três milhões de euros, que representam um crescimento de 15% sobre 2017.
“Foi um ano bastante bom a nível de vendas para os clientes existentes, mas não de clientes novos”, nota a fundadora da Traços Singelos, que em janeiro debutou na Heimtextil (stand nas fotos). “Foi uma surpresa, pois correu muito melhor do que estávamos à espera. Fomos lá apenas para mostrar que também fazemos coisas muito boas”, explica.
Foi em Frankfurt que a Traços Singelos apresentou ao mundo a primeira colecção da sua marca própria, Inspiring, uma das armas que Fátima preparou para a conquista de novos mercados – debaixo de olho estão França, Reino Unido (o Brexit não a assusta), Finlândia, Suécia e Noruega (onde já tem um pé).
Uma espécie de saco cama acolchoado (com pelo por dentro, para usar quando estamos sentados no sofá durante as noites frias de inverno) e que se pode abrir transformando-se em manta, é um dos novos produtos desenvolvido pela têxtil lar de Vila Nova de Sande.
“Vamos evidenciar a boa qualidade da nossa produção, com materiais nobres, bordados, linhas lavados e novas técnicas de fingimento. Não teria qualquer sentido estar a fazer o que os outros já fazem”, conclui Fátima.