18 setembro 19
Première Vision

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Não é dinheiro deitado fora

“Está melhor que a edição de fevereiro, afetada pelas greves e protestos dos gillets jaunes, mas não tão boa como a de setembro de 18, quando Portugal foi o Focus Country. De qualquer maneira, estar na Première Vision não é dinheiro deitado fora”, sintetiza Carla Lobo, CEO da R. Lobo, acrescentando que apesar do ano não estar a ser fácil, está a tentar fechar 2019 com um volume de negócios idêntico aos 2,5 milhões de euros feitos em 2018. O Fórum Portugal, na foto, esteve muito concorrido logo desde a abertura, terça-feira, às 9h30 da manhã.

Com uma forte presença no mercado francês, a R. Lobo está no espaço dedicado ao manufacturing da PV, que cresceu consideravelmente nesta edição da feira e deixou de estar separado por uma fronteira (onde era feito um controlo de entradas) do espaço dedicado aos tecidos – o pão com manteiga do certame.

Joaquim Rodrigues, da Raith Têxteis, também está satisfeito com a maneira como está organizado o espaço dedicado aos confeccionadores: “Estamos mais integrados e temos mais luz. Como era dantes até parecia que eramos os parentes pobres”.    

“Está a correr bem, mas os turcos estão a fazer muita mossa”, alerta Ricardo Ferreira, da Siena, uma empresa habitual na PV Manufacturing, ao contrário da Faria da Costa, que faz a sua estreia no certame francês.

“Isto tem estado muito calmo”, confessa Nuno Costa, responsável comercial da Faria da Costa, que trouxe meias 100% caxemira para esta sua primeira vez na Première Vision. “Estamos a apostar na alta qualidade “, diz, acrescentando que o ano está a correr tão bem que admite fechar este exercício com vendas acima dos quatro milhões de euros – um grande crescimento face ao 3,5 milhões faturados em 2018.

“O mercado francês está outra vez a crescer”, garante Luís Sidónio, da Sidónios, numa opinião otimista, apesar de não contraditória com a visão mais carregada de Gabriela Melo, da Somelos.

“A Première Vision realiza-se muito tarde e está demasiado cara. Os nossos clientes do norte da Europa não vêm à feira, pois, no seu essencial, fecharam as compras em julho ou, quando muito, alargaram-nas até ao fim da primeira semana de setembro, para verem o que é apresentado na Munich Fabric Start”, afirma Gabriela Melo.    

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