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A ERT está a concentrar na recém criada WTex a actividade industrial fora da área automóvel e de mobilidade. A nova empresa fez a sua apresentação internacional na Techtextil, com a assinatura Working with Layers.
Moda, têxteis-lar, puericultura, calçado e desporto serão as áreas a quem a WTex fornecerá componentes, resultantes de processos de laminação e sublimação, feitos na nova fábrica instalada na nova zona industrial de Felgueiras.
“Estamos a passar à prática uma estratégia delineada já há algum tempo, quando detectamos que a expansão e desenvolvimento da área de negócios que agora transferimos para a WTex estavam a ser prejudicados por ela não estar autonomizada”, explica João Brandão (na foto), o CEO e fundador do grupo ERT.
ERT são as iniciais de Empresa de Revestimento Têxteis e recordam a actividade inicial desta companhia, que foi a única desde a sua fundação em 1992 até que no ano 2000 começou a deslocar o seu centro de gravidade para o fornecimento da indústria automóvel.
“A criação da WTex representa um regresso às origens e a nossa vontade de dinamizar uma área industrial que não crescia como pode e deve porque estava a ser um pouco ofuscada pela mobilidade que passou a ser o core business da ERT”, acrescente João Brandão, 50 anos, antigo piloto oficial da equipa de Todo o Terreno da Suzuki.
O processo de transferência de equipamentos e pessoal de S. João da Madeira, onde bate o coração da ERT, para Felgueiras já se iniciou e contempla a aquisição de novas máquinas e a contratação de cinco pessoas. A 1ª fase já terminou, mas a 2ª fase só deverá estar concluída no final do próximo ano.
A WTex, que apresentará colecções próprias aos confeccionadores, é dirigida por Diana Marques e prevê atingir um volume de negócios na ordem dos oito a dez milhões de euros, em velocidade cruzeiro, exportando directamente 1/3 da sua produção.
Com fábricas na Roménia, República Checa, S. João da Madeira e Felgueiras – a que acrescentará este ano unidades industriais em Marrocos e México -, a ERT fechou 2016 com um volume de negócios de 80 milhões de euros e prepara a transferência para as antigas instalações da Oliva da sua divisão que fornece a indústria automóvel.