15 Fevereiro 2018
Têxteis Técnicos

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Nanotech é igual a Norte de Portugal

Fazer saber que se sabe fazer é o objectivo dos dois centros de investigação em nanoteclologia da região Norte, que são dos mais produtivos e uma referência a nível europeu e mundial. O Centi, em Famalicão, e o INL, em Braga, formam com o tecido empresarial envolvente num raio de 30 km uma massa crítica única a nível europeu e querem afirmar o “Nanotech NortePt” como marca mundial.

“É preciso que se saiba que se alguém na Europa precisar de produzir, por exemplo, uma fibra com três componentes tem necessariamente que vir ao Centi”, explicou o CEO da instituição, Braz Costa, na abertura do Open Day que decorre ao longo desta quinta-feira. O exemplo, disse, é a demostração de que é nesta área específica do Norte de Portugal que existe conhecimento, investigação e uma massa crítica que está na vanguarda daquilo que se faz em nanoteclologia.

E destacou três ideias para mostrar que se trata de actividades com aplicações práticas concretas e desenvolvidas em colaboração e estreita ligação com o tecido empresarial: “Não é uma coisa de cientistas malucos; Não estamos apenas a falar apenas de tecnologia de ponta, é de produção industrial e de toda a indústria; Não existe apenas nos EUA ou na Alemanha, e nem só em Lisboa em Portugal”.

E porque é nesta zona especifica a que se reúnem estas condições únicas de massa critica e investigação com ligação ao tecido empresarial que o querem afirmar o “Nanotech NortePT” como marca e referência mundial. O projecto Nanotech@NortePT promove a nanotecnologia no tecido industrial do Norte de Portugal, foca-se também na transferência de conhecimento científico e tecnológico, no aumento da cooperação e do investimento das empresas. Promove e sedimenta o Norte de Portugal como marca de referência que fornece conhecimento e tecnologia dentro e fora das fronteiras.

Vocacionado para o desenvolvimento de materiais funcionais e inteligentes, o Centi fornece serviços também nas áreas de modelação, design e engenharia. Os números apontam o desenvolvimento de 90 projectos para empresas, 14 projectos internos e 9 programas europeus. Neste caso, os responsáveis destacam que é um número anormalmente grande – comparando com outros congéneres da área de investigação na Europa -, a par do envolvimento com o tecido empresarial.

Os produtos desenvolvidos dizem respeito às áreas automóvel, aeronáutica, de protecção e têxtil em geral. A par das competências únicas a nível europeu nas fibras tridimensionais, destaque também para os resultados pioneiros na electrónica impressa, designadamente sobre têxteis e cortiça.

Só em 2017 foram apresentados 77 pedidos de patentes abrangendo uma diversidade de 42 diferentes famílias de materiais, sendo grande parte deles são das próprias empresas.

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