T
Um grupo de cinco jovens empreendedores portugueses acaba de lançar a MyCloma, uma plataforma online que visa reduzir a pegada ecológica do setor têxtil em Portugal. Efetuando a recolha e incentivando a compra e venda de artigos em segunda mão, querem ajudar a evitar o desperdício das mais de 200 mil toneladas de roupa que por ano Portugal deita ao lixo.
O funcionamento da plataforma não podia ser mais simples: basta aceder à página www.mycloma.com e solicitar, sem sair do conforto de sua casa, um pedido de recolha de vestuário ou acessórios que já não usa e que pretende vender. Depois de recolhidas, as peças são validadas, fotografadas e colocadas à venda na plataforma, e após a venda, o cliente pode usar o valor ganho para comprar outros artigos disponíveis ou solicitar a transferência do montante para a sua conta bancária.
A recolha dos produtos para venda tem o custo de 3,99€ e o valor apurado com cada peça varia de acordo com o preço com que a mesma é posta á venda: as peças até 9,99€ recebem 50% do valor, as entre 10 e 49,99€ recebem 75% e as de custo superior a 50€ recebem 90% do montante apurado. Neste processo, a plataforma cobra 2€ por cada peça vendida.
Caso os produtos enviados não preencham os requisitos de qualidade suficientes para realizar a venda, o cliente pode pedir a sua devolução dos mesmos ou optar que a MyCloma entregue diretamente numa organização sem fins lucrativos parceira da empresa.
Atualizada com novos artigos diariamente, a plataforma foi lançada esta semana com mais de 400 artigos, tendo recolhido, no passado mês de Junho, cerca de cinco mil peças oriundas de cerca de 250 pedidos de recolha. Das cinco mil peças recolhidas, mais de duas mil foram entregues a associações e ONG’s.
A ideia de todo o conceito da MyCloma partiu da fundadora do projeto, Ana Catarina Monteiro, estudante universitária do curso de Contabilidade, no Porto, cuja sensibilidade para as questões ligadas à sustentabilidade e ecologia a levou a idealizar um projeto comercial que promovesse a economia circular através do prolongamento da vida útil da roupa, reduzindo o impacto ambiental associado ao excesso de consumo de roupa e acessórios em Portugal.