21 maio 19
Ranking 2018

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Mundial da Rússia fez crescer gigantes do desporto

Como sucede de quatro em quatro anos, os gigantes da moda desportiva tiveram em 2018 um ano em cheio: o mundial de futebol, que se disputou na Rússia no verão passado, foi o palco ideal, como sempre, para a venda de artigos que vertam para fora das quatro linhas a verdadeira guerra aberta que ali se trava ao longo de 90 minutos, um pouco mais em algumas ocasiões.

Os ‘suspeitos do costume’ não quiseram desperdiçar mais essa oportunidade, e mantiveram no topo do ranking as suas posições relativas. Mas se o Top 3 se manteve estável, já no Top 10 houve algumas mudanças.

Assim, Nike (com um volume de negócios consolidado de 32.350 milhões de euros), Adidas (21.915 milhões) e Intersport (11.600 milhões) mantiveram os lugares cimeiros do ranking. Mas com prestações diferentes: a Nike viu os seus lucros afundarem mais de 50% (não foram além dos 1,6 mil milhões de euros), enquanto a Adidas continuou na fase de crescimento (mais 45%, para os 1,7 mil milhões) – o que fornece indicadores muito diferentes tanto ao nível da saúde do grupo, como das expectativas para o ano em curso.

O problema da Nike não é apenas ‘caseiro’: teve a ver com o facto de o executivo norte-americano, liderado por Donald Trump, ter decidido taxar os lucros que as empresas do país conseguiram com as suas filiais no exterior, o que se revelou desastroso para o gigante da venda de artigos desportivos. Já na Alemanha, de onde a Adidas é original, as empresas puderam contar com a tradicional estabilidade do ambiente fiscal.

A Intersport não divulgou os seus resultados líquidos, mas o grupo passou o ano de 2018 envolvido em diversas alterações na cúpula de gestão, o que costuma significar que passou por uma série de dificuldades e reajustamentos, normalmente bastante maus para a rentabilidade da operação.

Depois do Top 3, surge a Decathlon (11.300 milhões de euros de faturação) e a Dick’s (7.500 milhões de euros). A Puma superou a Under Armour, posicionando-se na sétima posição, enquanto a New Balance subiu na lista, ocupando o nono lugar à frente da Sport Direct. No topo do ranking falta apenas referência à Foot Locker, que se encontra na sexta posição.

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