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Karl Lagerfeld, diretor criativo da Chanel, morreu esta terça-feira, aos 85 anos. O designer das marcas Chanel e Fendi faleceu em Paris depois de várias semanas doente, estando desde segunda-feira internado numa urgência hospitalar.
Karl Otto Lagerfeld nasceu em Hamburgo a 10 de setembro de 1933 (diz-se) e foi o diretor criativo da Chanel desde 1983, bem como da casa de moda italiana Fendi. Dirigiu também a criação na sua própria casa, que levava o seu nome.
Ao longo das décadas, Lagerfeld colaborou em diversos projetos de moda e arte. Karl tinha um estilo particularmente notável e autêntico, mas também polémico, que se notava em todas as suas criações. Apesar de estar desde sempre ligado às grandes casa de Luxo, o designer alemão – que fez sempre por esconder a sua idade – também esteve ligado a outro tipo de projetos. Dois deles foram com a H&M e com a Diesel – marca para que desenhou uma linha denin.
Lagerfeld, que viveu quase sempre em Paris, dedicou-se também à fotografia, tendo mesmo chegado a abrir, em 1998, a Lagerfeld Gallery, inteiramente dedicada àquela arte.
Outra das predileções do designer eram as polémicas. São incontáveis aquelas em que esteve envolvido e não consta que fizesse muito para as evitar. Pelo contrário. Uma das que mais tinta fez correr, aconteceu em 1994, quando Lagerfeld usou um verso do Alcorão na sua coleção de alta-costura para a primavera (Chanel). Dessa vez, o designer desculpou-se.
Para além de ter desenhado outras coisas que não moda – joias, por exemplo – Lagerfeld chegou também a realizar um filme: em 2013, dirigiu a curta-metragem ‘Era Uma Vez … na Cité du Cinéma’.
Personagem incontornável da moda desde o século passado – com responsabilidades diretas na perceção do que até hoje se entende como luxo – Lagerfeld não deixava ninguém indiferente, até pela sua vontade de mudar sempre aquilo em que tocava.