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O governo moçambicano anunciou a intenção de reabrir a Textáfrica, a fábrica têxtil do Chimoio que chegou a empregar mais de três mil operários e está sem actividade há mais de 25 anos. O anúncio foi feito há dias pelo próprio primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, durante uma visita à província de Manica.
O chefe do governo disse que a deslocação às antigas instalações fabris tem em vista o projecto de pôr de novo a empresa a laborar. “O objectivo é perceber a situação e adoptar todas as medidas que sejam necessárias para reanimar o monstro adormecido para que volte a trabalhar e a criar emprego”, disse o primeiro-ministro.
A deslocação teve lugar nos primeiros dias de Fevereiro e, segundo o jornal moçambicano Notícias, na visita e no encontro seguinte com as autoridades provinciais participaram também os representantes do Instituto de Gestão e Participações do Estado (Igepe), com vista a iniciar o processo de negociações que permitam uma solução para o caso.
Há cerca de 25 anos, quando a empresa cessou a actividade, todo o património foi entregue ao banco Millenium como garantia de um empréstimo de 1,1 milhões de dólares, utilizado sobretudo para indemnizar os trabalhadores e também despejar boa parte deles dos bairros que a companhia tinha construído em volta das instalações fabris. O governo propõe-se agora negociar com o banco a recuperação e reabertura da histórica fábrica têxtil.