25 Novembro 20
Indústria

Cláudia Azevedo Lopes

Máscaras levam a Daily Day duplicar este ano a faturação

São máscaras, senhores, são máscaras: é com a ajuda do acessório indispensável a todos os portugueses nos dias que correm que a marca portuguesa de vestuário Daily Day vai atingir este ano os quatro milhões de euros de faturação. Um resultado que  duplica os números de 2019 e faz deste o melhor ano da empresa até então, contrariando a tendência negativa que se anunciava com o início da pandemia.

A empresa, que até ao momento já produziu mais de dois milhões de máscaras reutilizáveis, foi das primeiras a receber a certificação do CITEVE, facto que a transportou para a ribalta e que fez com que numa semana – a primeira em que as máscaras se encontraram à venda, na última semana de Abril – tivesse vendido o equivalente a todas as encomendas que tinham ficado suspensas com o eclodir da pandemia, em Março.

“Resolveu-nos o problema financeiro. Naquelas primeiras semanas, não tivemos mãos a medir para tanto trabalho. Foi uma loucura”, revela Filipe Prata, diretor-geral da Daily Day. Atualmente, as máscaras representam mais de 80% das vendas da marca, estando os restantes 20% dedicados ao vestuário, cuja notabilidade e placement no mercado cresceram exponencialmente, alavancados pela notoriedade obtida com os equipamentos de proteção individual.

E se até Março as exportações representavam cerca de 99% da faturação da Daily Day Studios – que engloba as marcas Daily Day e Lagofra, dedicada ao private label e direcionada para a exportação – agora o mercado nacional é o grande cliente do grupo, absorvendo cerca de 80% da produção.

“Até ao momento, cerca de 10% da população portuguesa já visitou a loja online da Daily Day”, afirma orgulhoso Filipe Prata.

Resultados positivos que permitiram à Daily Day manter os 60 trabalhadores que fazem parte da equipa, a que se devem brevemente juntar mais 12 pessoas, que se irão encarregar da loja online e de tudo o que a ela está associado, desde a logística ao marketing.

Para já, e com tudo aberto quanto ao futuro, a Daily Day está feliz com o caminho que encontrou para escapar à morte anunciada. “Ouvimos as pessoas a dizer que tiveram quebras na ordem dos 30% mas não acredito que isso seja verdade. Para nós, as quebras foram de 90%. Tínhamos de nos focar e arranjar uma alternativa e foi o que fizemos. Agora o objetivo é fazer crescer a marca. E a prova é que 95% do que produzimos atualmente é para a Daily Day”, completa o diretor-geral.

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