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A MOxAd-Tec, máscara que inactiva o novo coronavírus e resulta de uma parceria entre a marca MO e a Adalberto Estampados, está a ser exportada para 30 países e já representa 10% do negócio da marca de moda da Sonae. É a inovação têxtil portuguesa a afirmar-se internacionalmente numa altura em que a procura cresce exponencialmente por toda a Europa.
“As máscaras já representam mais de 10% das nossas vendas e a maior parte das vendas tem sido para o exterior. Já vendemos máscaras para 30 países diferentes”, disse o administrador da MO, Francisco Pimentel, ao jornal ECO. A maior parte da produção destina-se ao mercado externo, com Portugal a representar actualmente à volta de um quarto das vendas. Mas a tendência é também para aumentar, face a medida de uso obrigatório no espaço público que agora entra em vigor.
“Exportamos a maior parte da produção, sendo que os nossos principais mercados são Espanha, Itália, França e Reino Unido”, disse ainda o gestor. No entanto, Francisco Pimentel acredita que a grande procura pela MOxAd-Tec resulta sobretudo das suas características inovadoras de proteção, mais que da obrigatoriedade de uso.
“Nós tivemos um grande pico de procura quando as máscaras chegaram ao mercado, pelas características que têm e por terem sido as primeiras a nível mundial. A procura mantém-se muito elevada, mas não julgo que esteja relacionado com a obrigatoriedade de usar máscara na rua. A procura tem sido mais influenciada pela pandemia e pela necessidade de proteção, que propriamente pelas decisões governamentais”, diz o gestor.
A máscara MOxAd-Tec resulta de um projecto de cooperação que juntou a Adalberto Estampados e a Sonae, pelo lado industrial, o CITEVE, o Instituto de Medicina Molecular da Universidade de Lisboa e a Universidade do Minho, pelo lado da investigação.
Os testes realizados pelo Instituto de Medicina Molecular (iMM) atestam a sua capacidade para inativar o novo coronavírus. Também o IFTH – Institut Français du Textile e de l’Habillement comprova que após 50 lavagens a MOxAd-Tec mantém uma retenção de partículas a 100% e uma respirabilidade de 230 Pascais, quando em França se requer apenas um mínimo de 100.