8 setembro 17
Marca própria

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Longratex quer duplicar faturação até 2020

Cerca de 40% das vendas  da Longratex já são da Patachou, a marca própria de roupa infantil desta empresa com sede em Felgueiras, que fechou 2016 com vendas de próximas dos cinco milhões de euros -, mas fixou como objetivo duplicar o volume de negócios até 2020 e aumentar para 70% o peso na faturação da Patachou.

Fruto da paixão pela indústria e da irrequietude empreendedora de três mulheres de Felgueiras, a Longratex tem na sua carteira de cliente grandes cadeias de armazéns, como a Selfridge, Neiman Marcus, Fenwick, Harrods, El Corte Ingles, Barneys, Harvey Nichols, etc.   

Nascida num família com raízes industriais no calçado e mobiliário de escritório, Madalena, mãe de Sofia, foi professora primária mas não descansou enquanto não cumpriu o seu destino e fundou a Longratex, uma fábrica de roupa para crianças.

Segunda nesta linhagem têxtil, Sofia, mãe de Marta – e também de Ana (vive em Londres, onde gere a sua marca de evening wear Sophie Kah) e Inês (21 anos, estuda Gestão na Católica) -, já leva mais de 30 anos de experiência acumulada nos trapos, mas não descansou enquanto não chamou para o seu lado a filha do meio, para a ajudar preparar o grande salto em frente da Longratex.

Marta, 27 anos, que mal acabou Economia na Católica partiu para Londres para ganhar dinheiro e mundo, estava a trabalhar na Oracle (após um ano a aprender numa loja da Trotters, uma cadeia de roupa de criança), mas não hesitou quando, há coisa de três anos, a mãe a desafiou a voltar a Felgueiras para juntas darem asas à Patachou.

A Longratex nasceu, cresceu e fez o seu caminho produzindo roupa de criança (0-12 anos) em regime de private label para grandes marcas internacionais. Mas quando, há uns bons quatro anos, achou chegada a hora de começaram a apostar numa marca própria, lembrou-se do nome fofo e carinhoso do cão de umas deliciosas aventuras que lia quando era jovem liceal – e registou o nome Patachou.

“Mudamos de estratégia porque na private label os preços são mais baixos e as margens mais estreitas. Há pessoas que têm medo da mudança. Eu tenho medo que as coisas não mudem”, graceja Sofia.

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