27 Julho 2018
Moda

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Lingerie e T-Shirts andam na cabeça de Anabela Baldaque

A comemorar os 30 anos do lançamento da sua marca, a estilista Anabela Baldaque está em destaque na revista Caras, com uma entrevista onde revela que entre os próximos projectos estão colecções de lingerie, t-shirts e calçado. O fascínio pela criação é o mesmo desde os tempos de criança, diz a criadora.

Tal como a jardinagem, um dos seus hobbies preferidos, em que é preciso meter as mãos na terra, adora mexer nos tecidos. “Tudo o que tem a ver com mãos atrai-me”, confessa a criadora que está “muito feliz por estar nesta área 30 anos depois”. “Não imaginava que chegaria onde cheguei, nunca pensei que fosse tão longe, que o meu nome fosse tão falado e que iria ter tantas clientes. É um privilégio!”.

Quanto aos momentos mais marcantes da carreira, Anabela Baldaque lembra a abertura da Galeria Código, em meados da década de 80, na rua da Torrinha, no Porto. “Um espaço com as propostas dos novos criadores, as pessoas vestiam-se de propósito para ir lá. Os estilistas do momento estavam todos lá e foi muito importante para mim, porque foi quando regressei de Paris cheia de ideias. Este foi, sem dúvida, o ponto de partida para chegar ao público”.

Depois veio a abertura da loja/ateliê na Rua Padre Luís Cabral, na Foz, em 2001 e a procura de internacionalização – “estive em Nova Iorque com o Portugal Fashion, e tive grandes armazéns a quererem comprar a minha colecção” – que a deixou muito vaidosa mas acabou por esbarrar na falta de um sócio capitalista. Os 30 anos da marca chegam “numa fase muito feliz, com bastante trabalho no ateliê”. “Adoro fazer peças personalizadas, são momentos de partilha, e é um privilégio poder desenhar para uma pessoa, enaltecer o que ela tem de melhor. É mesmo muito bonito, gosto cada vez mais”.

Olhando para o percurso, a estilista diz que não se arrepende de nada e voltaria a fazer tudo igual. “Voltava a tirar o mesmo curso e voltava a estagiar em Paris com Emilio Pucci. Pertenço à geração que apareceu depois da Ana Salazar, e éramos poucos a criar nos anos 80. Sempre tive o fascínio por criar e desde miúda que me sentia atraída para tudo o que tinha a ver com moda”, lembra revelando que o que lhe anda agora na cabeça são projectos para o lançamento de colecções de lingerie, t-shirts e calçado.

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