07 Maio 2018
Indústria 4.0

José Augusto Moreira

Lectra já torna real a digitalização da moda

Mesmo que o debate sobre a indústria 4.0 esteja ainda para durar, a evolução e o mundo não param. Ávidos pelo digital e armados com tecnologias cada vez mais rápidas e sofisticadas, os consumidores não esperam e a moda tem que lhes seguir o ritmo. As empresas precisam da digitalização já, e a Lectra responde à letra.

“Queremos demonstrar que estamos realmente comprometidos com a Indústria 4.0 e que temos o que é preciso para ajudar os nossos clientes. A nossa mais recente sala de corte 4.0 demonstra que já não estamos apenas a falar sobre o futuro da moda, estamos a vivê-lo exactamente neste momento”, diz Céline Choussy Bedouet, diretora de marketing e comunicação da Lectra.

E se assim o diz, melhor o faz. A parceira tecnológica de empresas que utilizam tecidos e couros colocou a teoria em prática com Sala de Corte 4.0 perante mais de 100 profissionais da indústria e especialistas de mercado de 20 países, que reuniu no seu último evento anual de moda, desta vez sob o signo “Fashion Goes Digital”. Um encontro que teve lugar no Centro Internacional de Conferências e Tecnologia Avançada (International Advanced Technology Center – IATC) da Lectra em Bordéus-Cestas, França, para avaliar a aplicação em condições reais da digitalização na moda.

Para a Lectra, a Sala de Corte 4.0 é a personificação do compromisso  de capacitar os seus clientes com as melhores soluções para prosperar nesta nova era digital. “Esta tecnologia avant-garde impulsiona os princípios da Indústria 4.0 para proporcionar uma maior agilidade, rendimento, rentabilidade e, especificamente, dimensionamento, de forma a responder perfeitamente a encomendas em pequenos lotes e a prazos de entrega mais curtos”, explica a empresa.

E enquanto entre os convidados alguns dissertavam sobre a forma como a aprendizagem automática pode ajudar as empresas de moda a prever a procura do cliente e a evitar o desperdício, ou sobre as novas oportunidades de negócio para a moda, Ajith Perera, diretor-geral da Mathliya Plant (Sri Lanka), não esteve com rodeios: “Estou muito satisfeito por ver que a Lectra está já a liderar esta mudança, disponibilizando-nos a tecnologia necessária para que possamos responder à procura do mercado”.

O empresário tinha antes exposto as suas preocupações com os efeitos de revolução digital: “Os consumidores são agora mais específicos em relação às suas necessidades e isto vai provocar uma mudança na produção em massa, pois serão colocadas encomendas de menor volume a um ritmo mais rápido e os modelos de produção terão de ser mais ágeis no futuro imediato”, advertiu.

Daí a sua satisfação por ver que a Lectra está a disponibilizar a tecnologia necessária, ou seja já torna real a digitalização da moda.

Fundada em 1973, a Lectra diz que está a criar as tecnologias premium que facilitam a transformação digital às empresas que dão vida aos nossos guarda-roupas, ao interior dos nossos automóveis, à mobília e muito mais. Tem actualmente cerca de 1700 funcionários, clientes em mais de 100 países e 32 filiais por todo o mundo, sendo a representação para Portugal e Espanha liderada pelo português Rodrigo Siza Vieira. A empresa está cotada na Euronext e em 207 registou uma facturação de 313 milhões de dólares (261,5 milhões de euros).

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